Durante live transmitida na manhã desta sexta-feira (15) pelas redes sociais, o presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes (PSDB), explicou detalhadamente as ações da Casa para combater o coronavírus e defender a população neste momento de quarentena. Ele citou a distribuição de 30 mil cestas básicas, a contratação de 13 UTIs móveis para atender 12 municípios e o aluguel de 61 leitos do Hospital do Amor, em Porto Velho, sendo 12 de UTIs.
O deputado Laerte esclareceu que no Hospital do Amor os pacientes com coronavírus ficarão separados dos que recebem tratamento contra o câncer. O aluguel, que será de R$ 2 milhões por mês, com todas as despesas com funcionários e medicamentos por conta da unidade hospitalar, deverá se estender por pelo menos quatro meses.
“Mas vamos ter outras ações, como entrega de máscaras nos municípios, isso para ajudar o Estado a atender a população nesse momento difícil. As pessoas que estão em grupo de risco devem ficar em casa, mas defendo o direito de ir ao trabalho para os cidadãos em condições de trabalhar”, acrescentou. Serão utilizados parte dos R$ 50 milhões economizados pela Assembleia, de seu próprio orçamento, em pouco mais de um ano.
O parlamentar destacou a necessidade de kits para os testes, para separar os casos suspeitos dos que realmente contraíram a doença. Ele citou que, desta forma, é possível isolar e curar os pacientes, permitindo à população transitar e trabalhar em segurança.
Ele detalhou que o Estado concentrou a estrutura de combate ao coronavírus em Porto Velho e Cacoal, mas é preciso regionalizar o atendimento. “Em Porto Velho e Candeias temos 500 mil pessoas, e no interior temos mais de um milhão. Estive conversando com o secretário (de Estado) da Saúde para estruturar Ji-Paraná e atender a Região Central. Vamos encaminhar essa questão ao Governo. Cacoal atende a Zona da Mata, mas também precisamos atender o Cone Sul. Precisamos de mais UTIs”, especificou.
O deputado Laerte fez um alerta à população, sobre a necessidade de colaborar para que o coronavírus possa ser vencido. Ele lembrou que é preciso sair de casa sempre usando máscara, porque dessa forma se reduz muito o risco de contrair a doença, e recomendou o uso constante de álcool em gel.
Sobre as atividades na Assembleia Legislativa, Laerte enfatizou a celeridade dos trabalhos, lembrando das sessões extraordinárias realizadas para aprovar projetos encaminhados pelo Executivo, como o programa da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) para atender carentes. A Casa aprovou de imediato o projeto autorizando a repassar recursos da merenda escolar para famílias de estudantes da rede pública, beneficiando milhares de crianças.
A fiscalização desenvolvida pela Assembleia também foi abordada. O deputado Laerte citou que algumas pessoas entendem errado, porque não observam que as denúncias são apresentadas justamente para ajudar o Executivo, oportunizando que algumas ações sejam revistas.
“Questionei o aluguel de três UTIs móveis, ambulâncias, por R$ 187 mil cada uma, por mês. A licitação estava quase pronta, mas foi suspensa e cancelada. Agora o Ministério Público mostrou que havia um aumento de valor de quase 40% e recomendou cancelamento da licitação. Mas já tinha sido cancelada, porque cumprimos nosso papel de ajudar. O dinheiro é pouco, a arrecadação caiu. Se não aplicarmos a economicidade, faltarão recursos lá na frente”, detalhou.
O parlamentar assegurou que nas próximas terça e quarta-feira haverá sessão, mesmo com um deputado e alguns funcionários tendo contraído coronavírus, devido à necessidade de deliberar matérias importantes.
“Temos a questão das estradas de Rondônia. O governador Marcos Rocha tem essa visão e cobrou de sua equipe a aceleração dos trabalhos. Precisamos dar uma resposta à sociedade, ajudando a resolver essas questões”, disse Laerte.
Ele lembrou que são mais de 1.600 casos de coronavírus registrados em Rondônia, com dezenas de mortes e citou que Porto Velho é a cidade que mais preocupa, juntamente com Urupá. Mesmo assim, destacou que a economia não pode ser excessivamente prejudicada, caso contrário muitas empresas fecharão.
“De novo eu digo: quem puder, fique em casa. Quem precisar trabalhar, que vá com toda segurança possível. O comércio precisa disponibilizar álcool em gel e os comerciantes não permitir que pessoas entrem sem máscara. Precisamos ter o mínimo possível de perda durante a pandeia. Mas vamos cruzar esse momento e refletir sobre como podemos ser um ser humano melhor”, finalizou Laerte Gomes.