Publicidade

“Meta é construir um novo João Paulo II”, assegura secretário de Saúde de RO

Em entrevista nessa segunda-feira (25) ao Programa A Voz do Povo, apresentado pelo jornalista Arimar Souza de Sá na Rádio Caiari FM 103,1 o secretário de saúde de Rondônia Fernando Máximo disse que é conhecedor de todas as mazelas que assolam a saúde do estado, e declarou que uma das principais prioridades do atual Governo, é construir um novo João Paulo II (JP).

Publicidade

Como cirurgião da Unidade de Saúde há 9 anos, Fernando Máximo garantiu que é conhecedor dos problemas crônicos e sofrimento dos pacientes, familiares e profissionais que atuam dentro do Hospital, “que há 20 anos enfrenta superlotação. Mas assumimos o cargo com a missão de tentar mudar”.

Publicidade

Na emissora, o secretário assegurou que o novo Hospital já está sendo projetado. “Neste momento estamos na fase de cotação de planilha para que seja aberto um processo licitatório e finalmente, seja executada a obra”.

SOS João Paulo

Paralelamente à inauguração do JP, que conforme explicou Fernando Máximo deve demorar em torno de três anos, devido aos trâmites legais do processo, vem a preocupação em amenizar a situação daqueles que necessitam do atendimento do Hospital. Para isso, explicou que foi montando o grupo SOS João Paulo em parceria com o Hospital Sírio Libanês, especialista na área pública com a meta de diminuir o número de pacientes que chegam à Unidade de Saúde, aumentar a rotatividade de leitos, e implantar a alteração de fluxo de pacientes vindos do interior, o que na opinião do secretário “vai otimizar os serviços realizados no Hospital”.

A criação de um ambulatório no Hospital de Base para atender cirurgias de médio porte é outra estratégia que segundo Fernando Máximo, está sendo implantada para melhorar o atendimento à população.

“O médico quer operar um dedo, mas ao mesmo tempo chega uma fratura exposta. Então, este paciente com o dedo vai para o ambulatório e o caso mais urgente fica no centro cirúrgico do JP”, exemplificou.

Deficiências no município

As deficiências nas Unidades Municipais é outro problema que, conforme o secretário, também prejudica o atendimento no JP. “Cerca de 60% dos pacientes que são atendidos no João Paulo, não deveriam estar lá. Deveriam estar nas UPA´s. Mas como os Postos de Saúde não estão conseguindo suprir a demanda, ela acaba indo para o João Paulo. E a culpa não é do paciente, pois ele precisa buscar algum lugar para atendimento. Mas agora estamos com uma pauta mais robusta inclusive no MP para tentar solucionar este problema.”

A mesma situação, relatou, se estende ao Hospital Cosme e Damião, que deveria atender apenas emergências mas, segundo o secretário, atende hoje cerca de 250 pacientes.

“A média diária deveria ser 50 pacientes. Se fosse isso, conseguiríamos atender somente os casos graves, mas como a Prefeitura não consegue resolver o problema também neste sentido, as prioridades médicas não são dadas”.

Questionado sobre a cedência da antiga Sede da Assembleia Legislativa para o Pronto Socorro do Hospital João Paulo II o secretário afirmou que será avaliada pela equipe de consultoria do Sírio Libanes, e outras alternativas neste sentido.

Cirurgias

Ainda no A Voz do Povo, o secretário destacou os trabalhos realizados nos poucos mais de 70 dias frente à gestão do novo Governo do Estado como: o retorno das cirurgias cardíacas; implantação da Operação Sorriso que atende crianças com fissura lábio palatino; realização de exames e cirurgias e aneurismas; e os repasses de custeios para Hospitais de pequeno porte, Farmácias Básicas e SAMU´s do interior do estado e à UTI de Vilhena.

Durante o programa, Fernando Máximo também respondeu as perguntas dos ouvintes de todo o estado.