Publicidade

Quando a disciplina do chicote educava e formava bons cidadãos

Confira as notas do dia, por Cícero Moura.

Divulgação

Publicidade

EVOLUÇÃO

Publicidade

As gerações vão se sucedendo, e os hábitos e costumes vão mudando com elas. Até as expressões para se referir a alguém mudaram.

BELEZA

Há alguns anos, quando as garotas  queriam dizer que um rapaz era bonito, chamavam-no de boa pinta, gato ou gatão.

BELEZA 2

Dona Iria, uma vizinha minha  de 73 anos, já falecida, dizia que no  tempo dela um rapaz bonito era chamado de garboso.

BELEZA 3

E esses dias fui saber pela dona Luzia, que está para completar 78 anos, que  o termo usado pela geração dela, há 50 anos, quando as mulheres queriam  classificar um homem, o chamavam de bem apessoado.

MEIO SÉCULO

Realmente mudou a linguagem nos últimos 50 anos, como também mudaram  os gestos, os métodos.

EDUCATIVO

Minha tias diziam que meu bizavô  tinha um relho ( chicote ) de surrar cavalos dependurado na parede da sala.

Divulgação

EDUCATVO 2

Quando meu avô decidia que meu pai tinha que ser surrado, ia até o quarto das crianças e falava para  meu pai: “Vai lá na sala e busca o relho, que tu vai  apanhar”.

EDUCATIVO 3

Meu pai ia até a sala, com certeza sofrendo o que Cristo sofreu nas quatro estações até o Calvário.

EDUCATIVO 4

Imagine  a tortura mental  que meu pai era submetido ao percorrer os  metros que iam do seu quarto de infância até a sala, em busca do relho que iria deixar a pele marcada.

EDUCATIVO 5

Às vezes até arrancar parte da pele e sangrar,  provocar  hematomas e equimoses. O  relho era feito de couro e tinha ainda  o cabo, que também servia para bater.

EDUCATIVO 6

Eu apanhei bastante de meu avô com um chicote desses. Era a disciplina da dor. Não havia qualquer dúvida de que vovô era  senhor absoluto da sua casa, de sua mulher e de seus filhos.

EDUCATIVO 7

Importante dizer que apesar da violência brutal ao surrar  os filhos, nunca vi meu avô levantar a mão para minha vó.

EDUCATIVO 8

Agora uma coisa era certa. Vovô era dono de tudo, menos da piedade. E vejam que interessante. Por eu ser neto, meus irmãos  de criação diziam que meu avô era “mole” comigo. Fico imaginando  como era então com  eles  antes eu nascer.

EDUCATIVO 9

No entanto meu pai de criação  evoluiu, ele me poupou da patética dor espiritual de ir buscar o relho para apanhar: ele mesmo pegava o relho e  batia. Pelo menos isso!

EDUCATIVO 10

Tenho quatro   filhos. Nunca os surrei, movido muito pelas surras fantásticas que meu pai me dava. Nos meus  filhos, o máximo que fiz foi dar duas ou três palmadas, até a maioridade deles.

DEZAPROVAÇÃO

Não aceito e até sou capaz de chamar atenção de pais que surram os filhos nas ruas, ou em  lugares públicos. Na minha frente, nunca deixei que ninguém castigasse seus filhos, correndo o risco de até eu ser agredido.

DIFERENTE

Embora eu tenha crescido sendo surrado, entendo que isso é coisa do passado. Costumo “castigar” meu neto quando faz coisa errada deixando ele sem celular, mesada ou não permitindo ver tv.

Divulgação

DIFERENTE 2

Entendo que isso dói mais do que a agressão. Até porque eu levava surra quando pequeno, a dor passava e lá estava eu fazendo “arte” ou aprontando de novo. E pronto para outra surra.

EDUCAÇÃO

O fato de mudar a estratégia de penalidade por algo que a criança fez de errado, não impede os pais de serem duros, rígidos. Claro que é preciso corrigir, senão vamos continuar vendo o que acontece nas escolas hoje.

EDUCAÇÃO 2

Estudantes não respeitando professores e colegas e, pior, até agredindo ou fazendo ameaças quando ocorre uma advertência ou haja repreensão por algo errado que se fez na sala de aula.

EDUCAÇÃO 3

O comodismo tem levado pais a confiarem que o colégio que é quem deve dar o ensino que precisa vir de casa. Jamais!

EDUCAÇÃO 4

A educação familiar  é única e exclusiva, voltada à formação do caráter e aos padrões de comportamentos familiares.

EDUCAÇÃO 5

Imagine um filho que desrespeita ou agride seus pais em casa. Não há uma única possibilidade, sequer, dele aceitar que o professor – um estranho em sua vida – tenha direito de lhe repreender.

OPINIÃO

Claro que precisamos da modernidade e de se adaptar a ela, mas jamais devemos perder a essência do que é correto, sensato e que deve servir de exemplo para a vida.

OPINIÃO 2

Freddie Mercury era um homossexual em uma época que havia um preconceito enorme contra gays. Embora tenha chegado a condição de milionário e superstar, jamais ignorou um conselho dado por seu pai.

Divulgação

OPINIÃO 3

Bomi Bulsara era indiano, e um conservador ferrenho. Mesmo ciente da condição sexual do filho sempre lhe aconselhava com uma frase:  Bons pensamentos, boas palavras, boas atitudes.