Os bloqueios da BR 364, que vêm sendo combatidos pela PRF, que ameaça multar e até prender manifestantes que insistirem na obstrução de rodovias, têm trazido uma série de transtornos para os municípios do Cone Sul de Rondônia.
Em praticamente todas as cidades da região, incluindo Vilhena, a maior delas, já começa a faltar combustíveis. Em Cerejeiras e Pimenteiras, o transporte escolar está sendo paralisado. Em contato com o site, um advogado de Cabixi ameaçou entrar com representação no MPF pedindo celeridade no desbloqueio. Em Colorado do Oeste, a gasolina acabou no meio da semana.
Nos municípios menores, que normalmente enviam pacientes para Vilhena e outras cidades, prefeitos estão preocupados com as ambulâncias, cuja circulação vem sendo permitida, mas existe a possibilidade de faltar combustíveis para esses veículos.
Em Vilhena, apesar da grande fila de caminhões na saída da cidade para Porto Velho, a passagem de carros pequenos está sendo autorizada, mas os manifestantes ainda se concentram no local, para onde está descendo de Porto Velho uma força-tarefa composta por diversas instituições de segurança pública, a fim de tentar fazer a desobstrução de maneira pacífica.
O funcionário do frigorífico JBS Friboi, que abate mais de mil cabeças de gado por dia, diz que o serviço na empresa também está sendo paralisado, mas a indústria ainda não se manifestou sobre a situação.
Além do comércio, que aderiu ao movimento contra a eleição do ex-presidente Lula (PT), estudantes universitários que cursam faculdades em Vilhena, vindo de cidades do Cone Sul de Rondônia e de Mato Grosso, também estão sendo prejudicados, pois não conseguem chegar para assistir as aulas.