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Ministério da Saúde monitora novas variantes da Covid

Novas no Brasil, as variantes JN.1 e a BA.2.86.1 foram identificadas inicialmente no Ceará

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Agência Brasil

O Ministério da Saúde está monitorando atentamente as novas subvariantes do coronavírus. Duas delas, JN.1 e BA.2.86.1, foram identificadas pela primeira vez no Brasil, no estado do Ceará, sendo que a JN.1 já representa 3.2% das detecções globais.

Outra variante, a JG.3, derivada da EG.5, também conhecida como Éris, foi isolada no mesmo estado nordestino, mas ainda não se tornou predominante. Essas cepas têm sido objeto de monitoramento nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás nos últimos meses.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos as variantes JN.1 e JG.3 foram identificadas em 47 países.

O secretário Executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antonio Silva Lima Neto, relatou que o estado apresentava baixa transmissão até o início de novembro, quando houve um aumento discreto nos casos. Com a mudança rápida no padrão epidemiológico, a hipótese inicial foi a introdução de variantes com possível resistência às vacinas.

No sequenciamento de amostras realizado em 30 de novembro, 38 das 47 amostras foram identificadas como JN.1, e uma como BA.2.86.1, ambas descendentes da ômicron. A JN.1, isolada inicialmente na Dinamarca, já causou muitos casos na Europa e nos Estados Unidos, mas é uma subvariante inédita no Brasil, apresentando potencial de escape vacinal.

A presença da JN.1 foi confirmada em vários municípios cearenses, com maior prevalência em Fortaleza, identificada pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará.

Embora, até o momento, não haja evidências de que essas variantes sejam responsáveis por casos graves de Covid-19, o secretário Neto destaca que é prematuro descartar essa possibilidade, especialmente porque a JN.1 ainda não foi examinada pela OMS.

Diante desse cenário, a Secretaria Estadual de Saúde do Ceará recomenda medidas como o uso de máscaras pela população vulnerável, ventilação adequada dos ambientes, estímulo à vacinação com busca ativa por não imunizados e monitoramento por meio de testagem.

O Ministério da Saúde está atuando proativamente, disponibilizando uma equipe de vigilância epidemiológica para o Ceará, enviando 900 tratamentos antivirais para casos leves de Covid em maiores de 65 anos e imunossuprimidos com 18 anos ou mais, além de 35 mil reações para diagnóstico molecular do vírus e 30 mil testes rápidos de antígeno.

A conclusão do esquema vacinal contra a Covid-19 é enfatizada como crucial. A partir de 2024, a vacina será integrada ao Calendário Nacional de Vacinação, sendo disponibilizada apenas para grupos prioritários. Esse grupo inclui crianças, idosos, imunocomprometidos, gestantes e outros segmentos específicos da população.

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