INSPEÇÃO – Fiscalização do TCE-RO melhora atendimento nas UPAs de Porto Velho, mas revela falhas graves

Durante a vistoria, avanços foram constatados, mas também foram identificadas falhas graves que precisam de solução urgente.

O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) realizou uma fiscalização no último final de semana nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Porto Velho. O trabalho tem como objetivo melhorar o atendimento à população e assegurar condições dignas para os profissionais de saúde. Durante a vistoria, avanços foram constatados, mas também foram identificadas falhas graves que precisam de solução urgente.

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Atendimento mais rápido

Os pacientes que procuraram atendimento nas UPAs Zona Leste, Zona Sul e na Policlínica Ana Adelaide perceberam melhorias significativas na agilidade dos serviços. A dona de casa Ana Rute, que levou a filha para atendimento na UPA da Zona Leste, relatou a mudança positiva.

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“Quando cheguei de madrugada, fui atendida muito rápido. Ela tomou a medicação, melhorou e já voltamos para casa”, afirmou Ana Rute, destacando o impacto positivo da fiscalização do TCE-RO.

Os profissionais de saúde também reconheceram os avanços. O técnico de enfermagem Luiz Carlos destacou que a presença do Tribunal contribui diretamente para um melhor atendimento. “A população fica bem mais assistida. O povo só tem a agradecer por esse trabalho”, disse.

Falhas graves são identificadas

Apesar das melhorias, os auditores do TCE-RO encontraram problemas estruturais e operacionais preocupantes. Entre as principais falhas estão:

  • Falta de medicamentos: a escassez de insumos compromete o atendimento em algumas unidades;
  • Infraestrutura precária: a UPA da Zona Leste aguarda uma reforma, mas a transferência dos atendimentos ainda não tem previsão de acontecer;
  • Falta de segurança: servidores relataram episódios de agressividade por parte de pacientes exaltados, gerando preocupação nas UPAs da Zona Sul e Zona Leste;
  • Deficiência de insumos na Policlínica Ana Adelaide.

Medidas do Tribunal de Contas

Diante das irregularidades, o TCE-RO notificou os gestores responsáveis e estabeleceu um prazo para que os problemas sejam solucionados. O presidente do Tribunal, Wilber Coimbra, afirmou que a fiscalização tem caráter corretivo, mas que medidas mais duras serão tomadas caso as falhas persistam.

“Caso os gestores não adotem medidas efetivas no prazo estabelecido, serão instaurados processos de responsabilização, garantindo o direito ao contraditório e à ampla defesa”, ressaltou Wilber Coimbra.

O Tribunal de Contas deve retornar às unidades fiscalizadas na próxima semana para verificar se as irregularidades foram sanadas. Caso contrário, os responsáveis poderão sofrer sanções administrativas e legais.