Publicidade

Outra tragédia onde não há a mínima esperança de que a situação possa melhorar

Confira as notícias do dia por, Cícero Moura.

Por

Redação

DESASTRE
Mais uma tragédia mancha de sangue a BR-364, no trecho entre Ariquemes e Ouro Preto, conhecido como o mais perigoso de toda a rodovia.


VIOLENTA
A cada novo acidente, renova-se o alerta de que a estrada é uma armadilha mortal para motoristas e passageiros, mas, infelizmente, nada parece sensibilizar as autoridades para uma solução definitiva.


HISTÓRICO
Os números de acidentes e mortes falam por si, comprovando que este é um dos pontos mais críticos da via, mas a duplicação total, que poderia salvar inúmeras vidas, segue sendo apenas uma promessa distante.

Reprodução: Rondoniagora


O PIOR CONTINUARÁ PIOR
O que causa revolta é ver os investimentos concentrados em trechos de menor gravidade, enquanto o local que mais mata continua sendo ignorado. 


POUCO CASO
É como se a geografia política valesse mais que vidas humanas. A opção por obras em regiões “mais convenientes” demonstra um misto de descaso e estupidez política, que transforma a BR-364 em um corredor de tragédias anunciadas.


REALIDADE
Conviver com tamanha indiferença é um absurdo. Enquanto decisões equivocadas continuam sendo tomadas em gabinetes, famílias seguem sendo destruídas no asfalto quente da rodovia, em um ciclo de dor que poderia ser evitado.


DUPLICAÇÃO
O mais desolador e triste é saber que os trechos assassinos continuarão sem duplicação integral ou melhoria adequada, deixando motoristas expostos a um risco elevado.


CONHECIMENTO
Quem realmente usa a rodovia sabe onde tem as piores  curvas, desníveis e buracos muito mais críticos do que outros trechos onde os investimentos estão sendo priorizados.


CHOCANTE
Um levantamento da década de 2010 mostrou que entre 2010 e 2011, no trecho entre Ji‑Paraná e Ouro Preto d’Oeste (que inclui o segmento em questão), ocorreram 291 acidentes com 25 mortes em apenas um ano. 


MAIS DE 30%
O estado registrou 921 acidentes totais nesse corredor no mesmo período. Ou seja, um terço da desgraça ocorreu sempre no mesmo trajeto.


FATORES
A má conservação — pavimento esburacado, desníveis, sinalização deficiente e ausência de acostamentos — é apontada pela PRF como responsável por 90 % dos acidentes e por cerca de 6 % das fatalidades na rodovia.


PREJUÍZOS
No trecho entre Ouro Preto e Ji‑Paraná (parte desse corredor), relatos locais apontam que é comum ter até cinco pneus estourados por dia devido a enormes buracos.


REFLEXO
Até por uma questão de reflexo e instinto natural, muitos acidentes ocorrem quando os motoristas tentam desviar das crateras, invadindo a pista contrária.


CONCESSÃO
Após a confirmação da privatização da 364, foi confirmada a duplicação de apenas 105 km, entre Presidente Médici e Jaru.

 
OUTRA FAIXA
Não haverá nenhuma duplicação do trecho Ariquemes–Ouro Preto — apenas implantação de terceiras faixas e melhorias superficiais ao longo de mais de 200 km da rodovia que corta municípios como Ariquemes, Jaru, Ji‑Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Ouro Preto d’Oeste.


CONSTATAÇÃO
Ou seja, o segmento mais crítico, com maior número de acidentes e condições geográficas desfavoráveis, não será plenamente duplicado, enquanto trechos potencialmente mais retas e planos ganham prioridade por conveniência política.


PARADOXO ABSURDO
Curiosamente, o trecho que efetivamente receberá duplicação não apresenta sequer metade das curvas e dos desníveis presentes no trecho ignorado. 


RELEVO QUE EXIGE TRABALHO
A área de maior risco tem traçado sinuoso, aclives e declives marcantes, falta de sinalização e pavimento deteriorado — condições que exigem intervenção urgente e completa.


MOLEZINHA
Enquanto isso, autoridades destinam bilhões para duplicar trechos mais “fáceis” e menos perigosos, ignorando os locais que mais matam. 


ENTENDIMENTO
Isso não é apenas negligência — é uma política construída sobre um cálculo frio que privilegia viabilidade técnica ou interesses econômicos sobre vidas humanas.


OPINIÃO
É inadmissível que, diante de dados claros e trágicos, o trecho mais letal continue relegado a intervenções superficiais enquanto áreas de menor risco recebem prioridade. 


OPINIÃO 2
É um escárnio político e técnico: colocar vidas em segundo plano para favorecer trechos “menos difíceis” de executar.


FRASE
Economizar onde vidas se perdem é transformar o orçamento em cúmplice da tragédia.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.