Publicidade

Membros da LCP atacam fazenda Norbrasil em Mutum Paraná com armas de guerra em disputa agrária

O ataque resultou em destruição de patrimônio e disparos com armamento pesado, evidenciando o agravamento das disputas agrárias na região desde 2022

Na madrugada desta quarta-feira (11), a fazenda Norbrasil, localizada em Mutum Paraná, foi alvo de um ataque violento por parte de membros da Liga Camponesa Pobre (LCP), grupo vinculado aos movimentos sem-terra em Rondônia. O ataque resultou em destruição de patrimônio e disparos com armamento pesado, evidenciando o agravamento das disputas agrárias na região desde 2022.

A Polícia Militar de Rondônia encontrou cápsulas de calibres 762, 556, 357, .30 e 12 espalhadas em um raio de 100 metros na sede da fazenda Norbrasil, indicando o uso de armamento pesado durante o ataque. De acordo com o comandante-geral da PM, Cel. Regis Braguin, os integrantes da LCP atacaram os funcionários da fazenda, disparando contra a estrutura e destruindo parte do patrimônio. A PM enviou imediatamente o batalhão de choque e um helicóptero para sobrevoar a área, com o objetivo de localizar os invasores.

Além do ataque, a PM relatou que, em uma outra área invadida, os sem-terra estão promovendo uma devastação ambiental, tocando fogo e retirando madeira de forma ilegal. A área está localizada perto do acampamento Tiago dos Santos, onde residem cerca de duas mil pessoas ligadas à LCP. A organização é a única do tipo sem-terra que atua no estado de Rondônia e tem sido uma das principais protagonistas dos conflitos agrários na região.

Essas disputas se intensificaram nos últimos anos, com episódios de violência, como o assassinato de Secimo Mineiro dos Santos, ex-gerente da fazenda Norbrasil, em 2022. Ele foi morto com mais de 30 tiros. Patrick Gasparini Cardoso, membro da LCP, também foi morto a tiros no contexto desses conflitos.

A fazenda Norbrasil, com 7 mil hectares, tem sido uma das áreas mais disputadas da região. Aproximadamente 4 mil hectares dessa propriedade já estão com uso consolidado, o que tem sido um ponto de intensas disputas entre os proprietários e os membros da LCP. O ataque de hoje é mais um episódio de uma crescente tensão, que afeta diretamente a segurança e a estabilidade da região.

A Polícia Militar de Rondônia continua a operação na área, com o objetivo de identificar e prender os responsáveis pelo ataque, além de impedir que novos danos sejam causados à fazenda e seus funcionários. As autoridades também estão investigando a devastação ambiental e o crime de retirada ilegal de madeira, que agrava ainda mais a situação na região.

O caso é mais um reflexo das tensões agrárias em Rondônia, onde as disputas por terra continuam a gerar conflitos violentos. A Polícia Militar segue comprometida em garantir a segurança e buscar soluções para resolver a crise agrária na região.

Publicidade
Publicidade

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.