Por décadas líder no transporte intermunicipal e interestadual na região Norte, a Eucatur — empresa do ex-senador Acir Gurgacz (PDT) — vem perdendo espaço de forma acelerada para concorrentes. Um cenário bem diferente daquele vivido quando seu proprietário ainda ocupava cadeira no Senado.
Depois de perder mercado para a Amatur na linha Porto Velho (RO) – Rio Branco (AC), a Eucatur agora vê seu domínio enfraquecer frente à Itamaraty, companhia que há anos não atuava na região.
O enfraquecimento ficou evidente no último dia 12 de setembro, quando a Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário de Passageiros (SUPAS) publicou no Diário Oficial da União (DOU) duas decisões: uma concedendo rota à Itamaraty e outra negando pedido da Eucatur, ambas no estado do Mato Grosso.
A Itamaraty recebeu autorização para operar o trecho Cuiabá (MT) – Comodoro (MT) dentro da rota São Paulo (SP) – Porto Velho (RO). Já a Eucatur teve negado o pedido para atender o trecho Curitiba (PR) – Cuiabá (MT) na rota Curitiba (PR) – Porto Velho (RO).
As decisões, publicadas no mesmo dia, reforçam o enfraquecimento da empresa no momento em que seu principal acionista também perde força política. Vale lembrar que, após um período de inelegibilidade decorrente de condenação relacionada à própria Eucatur, Gurgacz pretende disputar as eleições de 2026. O resultado pode definir não apenas seu futuro político, mas também o da companhia.