A movimentação do ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, rumo a uma possível candidatura à Câmara Federal começa a reorganizar as peças do xadrez político em Rondônia. O ingresso de Hildon na disputa altera significativamente o cenário, sobretudo entre os candidatos que tradicionalmente dependem do eleitorado da capital para conquistar uma vaga em Brasília.
Atualmente, três parlamentares federais têm base consolidada em Porto Velho, mas um deles dificilmente buscará a reeleição: o deputado Fernando Máximo, que deve concorrer ao Governo do Estado ou, na pior das hipóteses, ao Senado Federal. Permanecem como possíveis adversários diretos de Hildon Chaves os deputados Maurício Carvalho e Cristiane Lopes, ambos com forte presença entre os eleitores da capital.
No campo conservador, o cenário também promete ser disputado. A primeira-dama e secretária de Ação Social do Governo de Rondônia, Luana Rocha, surge como um nome competitivo, com potencial expressivo de votos em Porto Velho. Outro nome que deve agitar a disputa é o do pastor Evanildo Ferreira, pai do deputado estadual Marcelo Cruz, que certamente será um importante cabo eleitoral. Já o ex-senador Amir Lando, atualmente no MDB, também figura entre os possíveis candidatos, podendo mudar de partido nos próximos meses.
Outros nomes que despontam no grupo ligado ao governador Marcos Rocha são Luiz Paulo (Agricultura) e Elias Rezende, ambos com boa aceitação e chances reais de compor o quadro de candidatos. No âmbito da Assembleia Legislativa, até o momento, não há parlamentares da capital que tenham confirmado intenção de disputar uma vaga na Câmara Federal.
Esquerda também se organiza
No campo da esquerda, as articulações também avançam. Embora tenha sinalizado interesse em disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa, a ex-senadora Fátima Cleide continua sendo incentivada por aliados a retornar à disputa pela Câmara Federal. Outro nome já confirmado é o do empresário e ex-secretário de obras de Porto Velho, Edson Silveira, além do professor Ramon Cujuí.
O PT e partidos aliados ao governo Lula estudam uma chapa competitiva que deve incluir nomes do interior do Estado. Entre os possíveis reforços, está o ex-deputado Anselmo de Jesus, de Ji-Paraná, que exerceu três mandatos na Câmara Federal e pode retornar à cena política.
OAB Rondônia propõe mudança nacional sobre documentos físicos em provas da Ordem
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rondônia (OAB-RO) voltou a ter destaque nacional ao levantar um debate importante sobre a modernização das normas aplicadas nas provas para obtenção da credencial de advogado.
Atualmente, o edital exige que os candidatos deixem sobre a mesa um documento físico de identidade durante a realização do exame, já que é proibido o uso de celulares nas salas. Contudo, muitos candidatos hoje utilizam documentos digitais, disponíveis em aplicativos oficiais, como gov.br ou Carteira Digital de Trânsito, o que tem gerado questionamentos.
Diante disso, o presidente da subseção regional da OAB em Porto Velho, Márcio Nogueira, enviou ofício ao presidente nacional da Ordem, Beto Simonetti, e ao presidente da Comissão Nacional do Exame da OAB, Aldo de Medeiros Lima Filho, solicitando a revisão da norma que obriga o uso exclusivo de documentos físicos.
No documento, intitulado “Solicitação de revisão normativa quanto à exigência de documento físico e vedação de dispositivo móvel no Exame de Ordem”, Nogueira reconhece a importância das medidas de segurança, mas argumenta que a regra atual é “incompatível com o avanço tecnológico e com a adoção crescente de documentos digitais em todo o território nacional”.
Segundo ele, a exigência de documentos impressos pode “gerar insegurança e exclusão”, atingindo especialmente os candidatos que já migraram completamente para a documentação digital.
A iniciativa da OAB de Rondônia, portanto, tem potencial para provocar uma mudança nacional nas regras do exame e adequar o sistema da instituição aos tempos modernos.





















