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Ex-secretário preso por fraudes em eventos é nomeado para cargo na Casa Civil em RO

Júnior Lopes retorna ao governo após investigação do Gaeco sobre desvios em contratos da Expovel. A nomeação foi publicada no Diário Oficial nesta terça-feira (2).

Por

G1 RO

O ex-secretário da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Júnior Lopes, foi nomeado para um cargo de Direção Superior na Casa Civil de Rondônia, menos de um ano após ter sido preso por suspeita de fraudar licitações e desviar recursos públicos.

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A nomeação, assinada pelo governador Marcos Rocha (União Brasil), foi publicada no Diário Oficial nesta terça-feira (2).

Em dezembro de 2024, após a prisão de Lopes, o governador exonerou o então secretário do comando da Sejucel, além de outros três servidores da Superintendência.

Segundo a denúncia, o ex-secretário e os servidores teriam participado de um esquema envolvendo eventos festivos do estado, como a Expoviola 2023 e as duas últimas edições da Expovel.

Júnior Lopes foi solto cerca de dez dias depois, após o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) conceder habeas corpus. A denúncia segue em análise na justiça desde então.

O g1 questionou o Governo do Estado sobre a nomeação de Júnior Lopes, e também a defesa do ex-secretário, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Entenda as irregularidades

As investigações apontam direcionamento na escolha da associação responsável pela Expovel 2023, contratada por R$ 9 milhões, apesar de não ter capacidade técnica ou legal para receber recursos públicos. O presidente dessa entidade teria usado o evento para beneficiar empresas próprias, além de cobrar acesso a camarotes que deveriam ser gratuitos.

Na Expovel 2024, outra associação foi contratada. O presidente seria próximo de um agente do Estado. Nessa edição, o MP identificou superfaturamento de R$ 4 milhões em atrações artísticas, além da repetição de práticas irregulares, como a cobrança indevida de camarotes.

Na época, segundo o MP, a prisão do secretário foi necessária porque haviam indícios de que os investigados e pessoas próximas a eles tiveram acesso a informações privilegiadas e começaram a agir para alterar e destruir provas.

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