Publicidade

Idaron reforça ações para controlar focos de raiva em São Francisco do Guaporé

A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) está reforçando as ações de controle dos focos de raiva na região de São Francisco do Guaporé, município onde, no último mês de abril, foram detectados casos da doença em três propriedades.

Publicidade

De acordo com a unidade local da Idaron, na região do foco há 411 propriedades rurais com 571 explorações pecuárias. O trabalho da Agência atenderá 488 produtores rurais, contemplando um rebanho de mais de 73 mil bovinos, 679 ovinos, 581 suínos e 786 equídeos.

Publicidade

A identificação dos focos de raiva foi através de vigilância passiva, ou seja, o produtor comunicou à Idaron que havia animais doentes com sinais clínicos neurológicos. Depois de realizar exames nos animais, os técnicos da Idaron coletaram material para diagnóstico laboratorial.

A Secretaria Municipal de Saúde da região foi notificada da detecção da doença para ações relativas à saúde humana. Se alguma pessoa tiver entrado em contato direto com morcegos ou com a saliva de animais com sinais clínicos nervosos, deve procurar imediatamente uma unidade de saúde.

MEDIDAS DE CONTROLE

A Agência está notificando todos os produtores rurais para vacinação obrigatória contra raiva de todos os herbívoros existentes nas propriedades na área do foco e no perifoco, que abrange um raio de 12 quilômetros dos focos. Deve-se realizar reforço da vacina após 30 dias e é obrigatória a comunicação da vacinação à Idaron, utilizando, preferencialmente, os canais de atendimento remoto.

“O produtor da região das linhas 33 e 01 (conhecida como 95) de São Francisco do Guaporé, que for notificado pela Idaron, deve vacinar obrigatoriamente todos os bovinos, bubalinos, equídeos, ovinos e caprinos da propriedade dele”, explicou Jhulhie Cristian J. M. Mund, médica veterinária de São Francisco.

“O controle da raiva depende muito da colaboração do produtor através da vacinação dos animais. A vacinação tem que ser comunicada à Idaron, dessa forma, ficará registrado que realizou a medida”, salientou.

“Solicitamos que a comunidade informe à Idaron a existência de animais com sinais clínicos nervosos como dificuldade para engolir (parecendo que o animal está engasgado), andar cambaleante, quedas frequentes, dificuldade para se levantar, animais que permanecem apenas deitados ou mortalidades. Essa comunicação pode ser feita direta nos canais de atendimento remoto da Idaron de sua localidade, através do site idaron.ro.gov.br na aba notificação de doenças, clicando neste link, ou ligando no 0800 643 4337. Pedimos também para comunicar a ocorrência de ataques de morcegos a animais ou a pessoas e a existência de abrigos de morcegos”, aplicando todas essas medidas a raiva será controlada, evitando novos casos.

Vacinação do rebanho, contra a raiva, em áreas foco, é obrigatória

TRANSMISSÃO

A raiva animal é transmitida por morcego hematófago, aquele que se alimenta de sangue. Portanto, ela pode ocorrer em qualquer região onde há morcegos hematófagos com raiva. Por isso, a detecção de casos através da comunicação do produtor à Idaron gera benefício para a comunidade. Só assim, a Agência, em parceria com os produtores rurais, pode adotar as medidas para controlar a doença.

“Se as medidas de controle não forem aplicadas, os casos de raiva vão continuar acontecendo e os produtores da região poderão perder vários animais, muitas vezes sem saber o motivo. Além disso, se trata de uma doença que pode acometer o ser humano, se entrar em contato direto com a saliva de animais doentes ou em contato direto com morcegos”, avaliou a Bethânia Silva Santos, da Coordenação Estadual de Epidemiologia e Vigilância Veterinária da Idaron.

PREVENÇÃO DA DOENÇA

Quando não há ocorrências de foco, a vacinação contra raiva não é obrigatória. No entanto, para prevenção da doença, a vacinação é a forma mais efetiva. Além disso, como mencionado acima, a vigilância constante do produtor e a comunicação rápida à Idaron de ocorrências de animais doentes e de ataques de morcego, são importantes para controle e prevenção da doença.

COMUNICAÇÃO DO FOCO

A primeira comunicação de animal doente foi no dia 10 de abril. Desde então foi feita investigação e colheita de amostras para diagnóstico laboratorial, além de outras orientações técnicas pertinentes à suspeita, dentre elas, a recomendação para vacinação contra raiva, segundo relatou Alexandre Montibeler Tiussi, médico veterinário e Supervisor Regional de São Francisco.

Nas três propriedades, conforme relato dos produtores, o tempo estimado entre o início dos sinais clínicos até o óbito do animal, foi de três dias. Até o momento, nessas propriedades, 14 bovinos já morreram com sinais clínicos compatíveis com a raiva, desde bezerros a animais adultos. “No dia 30 do mês passado, a Idaron recebeu o exame positivo para raiva dos três casos citados. A análise foi feita pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, Laboratório da Apoio à Saúde Animal (Annibal Molina- LASA)”.