O Simero (Sindicato dos Médicos de Rondônia) emitiu nota de recomendação aos profissionais orientando sobre os critérios éticos na condução clinica aos pacientes vítimas de Covid-19. O Sindicato recomenda que os médicos redobrem a atenção “com criterioso cuidado no preenchimento dos prontuários do paciente”. Também critica o governo estadual de ter permitido o agravamento da crise, por ter feito uma “gestão mínima, centralizadora e egocêntrica”. Através da assessoria, a Sesau (Secretaria de Estado da Saúde) limitou em dizer que não comentaria o assunto.
A nota do Simero orienta aos médicos que, “em caso de ocorrência de óbitos por falta de UTI, falta de respiradores ou por uso de respiradores inadequados, é dever do plantonista relatar tais fatos, caso a caso, descrevendo minuciosamente evolução do paciente, ausência de suporte e ou estrutura, caso ocorram”.
O Sindicato lamenta que, o momento chegou aonde jamais deveria chegar, “ao ponto de termos que escolher a quem dar acesso ao leito de terapia intensiva; podendo chegar à situação em que o respirador poderá determinar quem morre e quem vive”. Outra recomendação dada aos médicos é que, em casos de faltas de equipamentos, medicamentos, insumos e outras faltas, que além de ser relatado no prontuário do paciente, devem ainda registrar em livro de ocorrência, devendo também, protocolar junto ao Diretor Técnico da unidade e ao Cremero (Conselho Regional de Medicina).
REFORMAS DO HB
Na edição de terça-feira (02), o Diário da Amazônia publicou reportagem onde profissional de saúde alertava sobre obras paradas a mais de um ano, que poderiam abrir mais 140 leitos para internações. No conteúdo, o profissional considerou que seria muito mais rápido e viável a conclusão das reformas e ampliações de três alas no Hospital de Base Ary Pinheiro, do que a compra e reforma ainda sem previsão de conclusão de um hospital particular, adquirido pelo governo estadual. A Sesau ainda não deu nenhuma resposta sobre o motivo da paralisação da obra.