Já é fato notório que a situação financeira, jurídica e parlamentar do deputado estadual Geraldo da Rondônia está cambaleante.
Condenado por sonegação fiscal, Geraldo teve a maior parte de seu polpudo salário bloqueado por embaraços financeiros, atualmente a somar mensal que chega de seu ordenado não ultrapassa os R$ 8 mil.
Essa situação levou Geraldo a cometer a insanidade de, utilizando-se da prerrogativa de deputado, invadir a sede da Energisa, onde foi acusado de ofender e agredir funcionários. Ele se indignou com uma cobrança de aproximadamente R$ 1 milhão que vem sendo feita pela empresa.
Porém, atento ás benesses que seu cargo eletivo o concede, Geraldo da Rondônia vem promovendo manobras financeiras com recursos públicos que precisam ser analisados com urgência pelo Ministério Público do Estado de Rondônia – MP/RO e Assembleia Legislativa de Rondônia – ALE/RO.
Um levantamento feito pela reportagem do JH Notícias apurou que Geraldo da Rondônia anda recebendo verbas indenizatórias de forma irregular apresentando serviços que nunca foram realizados, isso como forma de complementar seu salário bloqueado.
Apenas para aluguel de veículos, combustíveis, óleos e lubrificantes, Geraldo da Rondônia vem recebendo R$ 16 mil por mês desde o início de seu mandato, fato que não seria um grave problema se R$ 5 mil desse dinheiro não estivesse vindo direto da verba indenizatória de nomenclatura (Geral).
De acordo com normas da ALE/RO, as receita para restituição geral serve para deputados serem indenizados com gastos como material de escritório, divulgação parlamentar, entre outras ações, jamais para transporte.
Isso porque a receita de transporte já destinada de forma separada, e é daí que Geraldo da Rondônia retira seus outros R$ 11 mil para o aluguel de veiculo e seu devido abastecimento e manutenção.
É nesse ponto que Geraldo entra em outra grave suspeita de utilização do dinheiro público para fins pessoais. Acontece que o deputado não anda ou tem no seu poder qualquer carro alugado, na verdade, ele vem se locomovendo em uma SW4 de propriedade da ALE/RO.
Inclusive, no dia em que foi acusado de humilhar um Guarda Municipal na cidade de Ariquemes, Geraldo estava dirigindo esse veiculo oficial, como pode ver visto em pesquisa feita pela reportagem.
Geraldo vem garantindo esses recursos como se tivesse recebendo os serviços, isso com anuência e homologação da ALE/RO, motivo que leva ao necessário levantamento nas indenizações recebidas pelo deputado, que já responde a duas representações por quebra de decoro parlamentar.
Porém, as suspeitas não param por aí, Geraldo também declara o gasto de R$ 1.900 em aluguel de uma casa que é utilizada como escritório externo de seu gabinete, porém, a reportagem foi até o local e constatou que o espaço não vem sendo utilizado.
À Geraldo já pesam acusações de agressão, coação e abuso de poder, caso essas denuncias sejam comprovadas ele ainda poderá ser apontado por falsidade ideológica, associação ao crime, improbidade, corrupção ativa e passiva.
Mesmo com tudo isso, Geraldo da Rondônia segue como membro efetivo do Conselho de Ética da ALE/RO.