O número de brasileiros que participaram das eleições dos conselhos tutelares aumentou em 25,8% nas 22 capitais onde a apuração dos votos já foi concluída. No domingo (1º), mais de 1,6 milhão de votos foram registrados, em comparação com os 1,2 milhão do pleito anterior realizado em 2019.
Entre as capitais com maior participação, destacam-se Salvador, Florianópolis, Brasília e São Paulo. Em Salvador, o número de votos aumentou de 30 mil para mais de 69 mil. Florianópolis viu a participação dos eleitores dobrar, passando de 4,7 mil para cerca de 9,7 mil. Na capital federal, houve um acréscimo de 76 mil eleitores, enquanto na capital paulista, o aumento foi de 56 mil.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania atribui esse aumento na participação da população às urnas ao fato de que o pleito foi realizado em todo o país de uma única vez.
No total, mais de 30 mil conselheiros tutelares foram eleitos nas eleições, e eles assumirão seus cargos em 10 de janeiro de 2024, com mandato até 2027. Esses conselheiros desempenham um papel crucial no atendimento de crianças e adolescentes, tomando medidas para garantir sua proteção, conforme estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
No entanto, em 18 municípios, as eleições foram adiadas. Entre esses locais, quatro estão no Rio Grande do Sul, onde fortes chuvas afetaram o processo eleitoral. Além disso, o pleito em Natal foi adiado devido a problemas na distribuição das urnas eletrônicas.
Em algumas cidades, foi identificada a realização de eleições indiretas, o que é proibido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Estas cidades incluem Uberlândia (MG), Rio Largo (AL) e Santana do Ipanema (AL). Nessas situações, o Ministério dos Direitos Humanos acionará a Advocacia-Geral da União e o Ministério Público para garantir que os conselheiros tutelares sejam eleitos pelo voto direto.