A Prefeitura de Porto Velho anunciou a implantação do primeiro Hospital Municipal Universitário (HMU) de Rondônia, um sonho da população porto-velhense que começa a se tornar realidade mediante parceria com a Universidade Federal de Rondônia (Unir). A iniciativa também representa um avanço na estrutura de saúde da capital, ampliando a capacidade de atendimento especializado e melhorando o acesso da população a serviços de maior complexidade.
O HMU será implantado mediante a compra de um hospital particular já em operação em Porto Velho. Essa aquisição será concretizada pela Prefeitura com recursos próprios e parcerias com parlamentares que já manifestaram apoio financeiro ao projeto. A proposta é que a estrutura hospitalar seja mantida pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela gerência de hospitais universitários federais em todo o país.
Com essa gestão qualificada, o HMU poderá oferecer exames e consultas especializadas, procedimentos cirúrgicos, leitos de internação, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e demais atendimentos de média e alta complexidade, não disponibilizados hoje pelo município.
O estudo técnico de viabilidade e impacto está sob a coordenação da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). O secretário, Jaime Gazola explica que “o diferencial dessa aquisição é que o hospital atenderá os pacientes de Porto Velho, que sofrem sem uma unidade hospitalar e que há muito tempo esperam por essa conquista”.
Impacto esperado é a diminuição do tempo de permanência de pacientes nas UPAsAtualmente, Porto Velho conta com 20 especialidades médicas na rede municipal, mas enfrenta uma demanda reprimida com cerca de 27 mil pacientes aguardando atendimento no sistema de regulação. Com pelo menos 150 leitos, o HMU ajudará a absorver parte desses pacientes, ampliando o acesso da população a serviços de especialidades médicas.
Outro impacto esperado é a diminuição do tempo de permanência de pacientes nas UPAs. Hoje, é comum que pessoas permaneçam vários dias nessas unidades, que deveriam oferecer atendimento emergencial com permanência máxima de 24 horas. O vazio assistencial do município e a falta de vagas na rede estadual dificultam a transferência de pacientes para um serviço especializado, um problema que o HMU deve ajudar a solucionar.
“O objetivo da Prefeitura é justamente esse, suprir a necessidade de atendimentos especializados para a população de Porto Velho, reduzindo as filas de espera e, consequentemente, desafogando as Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs), que frequentemente operam acima da capacidade. Com o hospital municipal, a Semusa terá uma estrutura adequada para encaminhar pacientes em estado grave”, explicou o secretário de Saúde, Jaime Gazola.
