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Instituições financeiras preveem redução na taxa Selic até o final do ano

Projeção de expansão da economia ficou em 2,26%, diz BC
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Após o corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, os juros básicos da economia, na semana passada, o mercado financeiro projeta uma diminuição ainda maior até o final de 2023. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa de 13,75% para 13,25% ao ano, em virtude da forte queda da inflação.

Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (7), pesquisa semanal realizada pelo Banco Central que traz as expectativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos, a taxa básica de juros deve encerrar o ano em 11,75% ao ano. Na semana passada, a previsão era de 12% ao ano. Para o final de 2024, estima-se que a taxa básica caia para 9% ao ano. Já para 2025 e 2026, a projeção é de que a Selic fique em 8,5% ao ano, para ambos os anos.

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O último corte da taxa Selic havia ocorrido em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em resposta à contração econômica causada pela pandemia de covid-19. Desde então, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas a partir de março de 2021, devido ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. A taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes consecutivas a partir de agosto do ano passado.

A taxa Selic é um instrumento fundamental para o Banco Central alcançar a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A redução da Selic tende a baratear o crédito, estimulando a produção e o consumo e, consequentemente, a atividade econômica. Por outro lado, o aumento dos juros busca controlar a demanda aquecida e evitar a inflação.

Inflação

Em relação à inflação, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, se manteve em 4,84% para este ano. Para 2024, a estimativa é de uma inflação de 3,88%. Já para os anos de 2025 e 2026, as projeções são de 3,5% para ambos os anos.

É importante destacar que a previsão para 2023 está acima do teto da meta de inflação definida pelo CMN, que é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em seu último Relatório de Inflação, o Banco Central indicou uma probabilidade de 61% de a inflação oficial superar o teto da meta neste ano.

Crescimento econômico

Quanto ao crescimento da economia brasileira, as instituições financeiras projetam um avanço de 2,26% para 2023, ante os 2,24% previstos anteriormente. Para o ano de 2024, a expectativa é de um crescimento de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Já para os anos de 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta uma expansão de 1,9% e 2%, respectivamente.

Câmbio

A projeção para a cotação do dólar também foi divulgada no Boletim Focus. Para o fim de 2023, a previsão é de que a moeda americana alcance R$ 4,90. Para o final de 2024, a estimativa é de que a moeda fique em R$ 5,00.

Com a redução da taxa Selic e projeções otimistas para o crescimento econômico e controle da inflação, o mercado financeiro espera por uma retomada gradual da atividade econômica no país. As perspectivas demonstram a importância de políticas monetárias e fiscais adequadas para estimular o desenvolvimento econômico e garantir a estabilidade financeira do Brasil.

Fonte: JH Notícias com informações Agência Brasil

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