Menstruação é um processo natural do corpo feminino, caracteriza-se por um sangramento uterino natural que constitui uma importante etapa do ciclo menstrual, em geral ele se inicia na adolescência, apesar de ser um processo natural para o corpo da mulher o tema foi e ainda é tratado como um tabu na sociedade, esse tabu é uma das causas da pobreza menstrual uma condição que atinge pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social que não têm acesso a saneamento básico e a protetores menstruais como os absorventes descartáveis. Em todo o mundo, há mulheres, meninas e homens transexuais que menstruam e não têm acesso garantido a meios seguros e eficazes de administrar sua higiene menstrual. Em função disso, precisam recorrer a métodos inseguros para conter o sangue como o uso de folhas de jornal, folhas de árvore, telhas ou mesmo miolo de pão.
A necessidade de abordar a pauta no estado de Rondônia, se deu quando em visita aos presídios e centros de reabilitação a Jornalista e ativista socias Rayane Trajano, que fez um levantamento das necessidades e dificuldades que as presas tinham, dentre as principais demandas o acesso a kits de higiene eram os principais, falta de acesso aos absorventes, desodorantes e sabonete. A pauta também tomou visibilidade no Programa Fantástico da Rede Globo, onde uma ginecologista, Larissa Cassiano afirma que já recebeu mulheres que colocaram algodão, miolo de pão, coisas que acabam soltando fibras ou pedaços, tudo pela falta de acesso a absorventes descartáveis e coletores menstruais.
Em Rondônia, a proposta de lei foi abordada pelo Deputado Jair Montes e já tramita pela Assembleia Legislativa, e em diversos municípios a pauta vem ganhando força, hoje existe um projeto social para por fim a pobreza menstrual em Porto Velho, onde são feitos a doações de kits de higiene pessoal para mulheres e adolescentes em vulnerabilidade.