No 11º dia da invasão russa à Ucrânia, uma missão de monitoramento da ONU divulgou que 364 civis morreram em meio aos confrontos, além de 759 pessoas que ficaram feridas.
O destacamento das Nações Unidas pontua, porém, que o número real provavelmente é maior. O conflito foi conflagrado em 24 de fevereiro e, até o momento, as negociações de paz conseguiram somente um cessar-fogo parcial que sequer é cumprido.
As vítimas foram contabilizadas até o último sábado (5/3) e já superam uma outra estimativa, desta vez do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Ainda de acordo com a ONU, mas com o braço da entidade para questões de movimentos migratórios forçados, a Acnur, o conflito deflagrado pelos russos já tem saldo de 1,5 milhão de refugiados.
Do outro lado do front, em solo russo, cerca de 3,5 mil manifestantes que contestam a guerra foram detidos na manhã deste domingo (6/3), também no horário brasileiro.
Destes, quase 1,7 mil são de Moscou e outros 750 de São Petersburgo. Desde o início do conflito, alertam observatórios internacionais, mais de 11 mil pessoas foram presas na Rússia. No país, o presidente Vladimir Putin acirrou as medidas de controle social.
Apesar disso, a queda do Rublo, moeda local, e a alta inflacionária gerada pelas sanções internacionais têm se somado aos motes pacifistas ecoados nas ruas da Rússia.
Polônia e Romênia – além da própria Rússia – são os principais destinos daqueles que perderam suas casas em meio a tiros e bombas.
Cessar-fogo desrespeitado
Costurado na segunda reunião de paz entre os países, o cessar-fogo temporário para retirada de civis da cidade de Mariupol, no sul ucraniano, não prosperou. A Guarda Nacional da Ucrânia informou que novos bombardeios foram registrados na região.
Com isso, a evacuação de pessoas foi interrompida na noite de sábado, pelo horário de Brasília. Na cidade, bombardeada de forma ininterrupta há quase uma semana, o fornecimento de energia e água foram cortados em pleno inverno.