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Autoridades de Rondônia precisam tomar medidas mais enérgicas após radicalização de protestos

Se há a ala pacífica, que protesta sem violência e fora dos bloqueios nas rodovias, existem os criminosos e, com isso, impera a necessidade de aplicar o peso da lei sobre todos eles
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Porto Velho, RO – A Justiça e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) têm boa vontade. Estão trabalhando diuturnamente para impedir que atos ilegais como o bloqueio de estradas se perpetuem ao longo do Estado de Rondônia.

Infelizmente, uma parte específica da população escolheu trilhar o lado do crime, violando decisões judiciais e peitando autoridades constituídas. Com isso, existe, urgentemente, a necessidade de se promover medidas enérgicas contra os golpistas.

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Apesar do discurso derrotista, os protestos em frentes aos quartéis, que não atrapalham outras pessoas nem impedem o usufruto de direitos constitucionais com o de ir e vir são legítimos. Podem – e devem –, perdurar enquanto seus partícipes aguentarem.

A despeito de seu conteúdo “intervencionista”, traduzindo coloquialmente, golpe, vá lá, com se tratam de entoações inócuas sem ressonância junto às Forças Armadas, por exemplo, que se manifestem como quiserem.

Que se expressem. Que a censura não os alcance. E que a Constituição Federal os abrace no quesito liberdade de expressão.

Lado outro, situação completamente diferente, são os antidemocráticos práticos, que aviltam decisões judiciais e afrontam, consequentemente, o Estado Democrático de Direito.

O próprio presidente Jair Bolsonaro, do PL, disse, no episódio dantesco envolvendo Roberto Jefferson, preso por atacar policiais federais a tiros, que o aliado é ‘criminoso” e “bandido” por ter agido assim.

O parâmetro pode ser traçado com as tensões desencadeadas por essa gente desocupada que atravanca as rodovias federais visando instaurar no Brasil um Estado-paralelo, com suas próprias regras violentas e descabidas.

Os bolsonaristas voltaram a bloquear de maneira criminosamente organizada as estradas e os estragos podem se tornar imensuráveis. Rondônia, por ora, é o único lugar onde há mais pontos de atravancamento. Já são 10 oficialmente detectados.

Eles chegaram a impedir o cumprimento da ordem legal por parte da PRF em Ariquemes, na saída para Jaru de forma agressiva.

Estão puxando a corda. Querem arrebentá-la.

Cabe aos órgãos de fiscalização e controle – todos eles –, incluindo promotores, procuradores da República, conselheiros, juízes, desembargadores e ministros tiraram as plagas rondonienses desse status de faroeste.

Se precisar, que venha junto a Força Nacional de Segurança Pública; e, ainda, com apoio do governador reeleito Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, intervenção institucional no sentido de cobrar do Ministério da Defesa posicionamento acerca da balbúrdia ilegal imperando na região territorial sob sua guarida. Quem sabe não venha, embora em sentido contrário, a tão sonhada intervenção militar, não?

Um bom gestor às vezes precisa tomar decisões impopulares a fim de fazer o que é certo.

Algo no campo empírico e palpável precisar ser feito antes que a escalada de pavor tome dimensões irrefreáveis e a conta recaia no colo de quem detinha o poder de fazer algo a respeito, porém escolheu cruzar os braços.

Os agentes da PRF estão correndo risco sozinhos, à deriva.

E os atos de terror certamente não se restringem às vias públicas: há quase uma semana a sede do site Rondoniaovivo sofreu um atentado terrorista, alvejado em sua fachada com quase 20 disparos e até agora não há resposta concreta sobre o maníaco que o praticou.

Essa atmosfera de impunidade junto ao ar ditatorial imposto por uma minoria que não sabe perder e quer fazer vale sua vontade à força não pode prosperar.

Se prosperar, é o fim da civilidade; da paz; da harmonia; e da própria Humanidade. Quem avança gratuitamente contra esses valores precisa sentir além da privação da liberdade: tem que doer no bolso. As multas previamente estipuladas pelo Judiciário têm se se materializar o mais rápido possível em engessamento financeiro na vida de quem escolheu caminhar pelas sombras da ilicitude.

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