O afastamento do deputado estadual Jair Montes por 90 dias após a terceira fase da operação Aleteia, que investiga fraudes em licitações para compra de insumos e serviços na frente de combate à pandemia de COVID-19 em Rondônia chamou a atenção da população rondoniense na manhã deste sábado (6).
Além do afastamento, Jair Montes teve sua casa e gabinete parlamentar vasculhados por agentes da Polícia Civil, Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas de Rondônia.
A operação Aleteia vem fechando o cerco a Jair Montes desde o ano passado, quando no dia 16 de dezembro prendeu Rocélio Rodrigues da Silva, um dos principais envolvidos no esquema, assessor e braço direito de Jair Montes.
No inquérito da Polícia Civil, esse esquema consistia em um conluio com empresas que participavam de contratações diretas com municípios do interior para a venda de testes rápidos para detecção da Covid.
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De acordo com a investigação, os envolvidos no esquema fraudavam o processo, como a burla de licitação.
A suspeita é que apenas no município de Candeias do Jamari, onde o ex-prefeito é apontado por suposta participação no esquema, mais de R$ 1 milhão foram gastos na compra de testes rápidos oriundos de licitações fraudadas.
O afastamento de Jair Montes é justamente para que ele não utilize dos privilégios e poderes de sua cadeira legislativa em qualquer tentativa de atrapalhar o curso das investigações.
O caso segue sob investigação e a denúncia deve ser apresentada à Justiça. Se o deputado for condenado, o seu mandato pode ser retirado pelo Conselho de Ética da ALE/RO.