Na manhã desta terça-feira (19), uma grande operação da Polícia Civil de Pernambuco contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro resultou na prisão de 11 pessoas, incluindo uma em Porto Velho (RO). A ação, denominada Operação Holding do Crime, foi deflagrada simultaneamente em cinco estados: Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Paraná e Rondônia, com o bloqueio de R$ 100,2 milhões em bens e ativos financeiros da quadrilha investigada.
Segundo informações da Polícia Civil, o grupo criminoso utilizava empresas de fachada e “laranjas” para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas. As investigações, que começaram em março de 2022, levaram à emissão de nove mandados de prisão e 19 de busca e apreensão, todos cumpridos. Além disso, duas pessoas foram presas em flagrante durante a operação.
Porto Velho na mira da operação
A capital de Rondônia foi uma das cidades-alvo da ação, ao lado de localidades em outros estados, como João Pessoa (PB), Curitiba (PR) e Vespasiano (MG). Em Porto Velho, os agentes realizaram buscas e apreensões que incluíram dinheiro em espécie, armas, veículos de luxo e dispositivos eletrônicos, reforçando o papel estratégico da cidade na rede de operações da quadrilha.
Pelo menos cinco suspeitos foram levados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no Recife (PE), para prestar depoimento.
Outros locais de prisão
As prisões também ocorreram em:
- Pernambuco: Igarassu, Paudalho, Sairé e Belo Jardim;
- Paraíba: João Pessoa e Cabedelo;
- Minas Gerais: Vespasiano;
- Paraná: Curitiba.
Apreensões e impacto financeiro
Com os investigados, a polícia encontrou sacos de dinheiro, armas de fogo, carros de alto padrão, relógios e celulares. A Justiça autorizou o sequestro de bens avaliados em mais de R$ 100 milhões, com o objetivo de desarticular o fluxo financeiro da organização criminosa.
Uma coletiva de imprensa está programada para o final da manhã, onde a Polícia Civil deve divulgar mais detalhes sobre o esquema e os próximos passos da investigação.
Com a inclusão de Porto Velho entre as cidades atingidas pela operação, o caso reforça a importância da cooperação interestadual no combate a crimes de grande escala, envolvendo múltiplas frentes e territórios.