FATO
Negligência, irresponsabilidade e desprezo absoluto pela vida. É isso o que se vê diariamente nas ruas.
FATO 2
Motociclistas e motoristas de aplicativo que transformam o trânsito em um palco de imprudências e ameaças constantes.
FATO 3
Não se trata apenas de pressa para chegar ao destino ou de buscar mais corridas para aumentar a renda.
CONCLUSÃO
Trata-se de uma conduta deliberada de quem escolhe ignorar as leis de trânsito, como se elas fossem meros enfeites no caminho.
DIÁRIO
A cena se repete à exaustão: motociclistas costurando entre os carros até absurdos 80 km/h, motoristas atravessando sinais vermelhos, veículos parados em cima de faixas de pedestres, manobras arriscadas que colocam vidas em risco a cada esquina.
ENTENDIMENTO
Quem anda pelas ruas de nossa capital conhece bem essa realidade. O trânsito virou um território sem lei, onde cada um dita suas próprias regras.
LEI
É verdade que faltam policiais e agentes de trânsito para impor a ordem. Mas é igualmente verdade que nenhuma fiscalização será suficiente quando falta o mais básico: amor à própria vida.
SEM MEDO
Muitos desses condutores parecem acreditar que são imortais, que nada os atingirá, quando na realidade estão a um segundo de uma tragédia irreversível.
PERIGO REAL
A pressa, a ganância e a completa indiferença com a segurança transformam o asfalto em um cemitério a céu aberto.
BANAL
E o que mais assusta é a naturalização disso: parece que todos se acostumaram a viver cercados pelo risco. Como se a morte diária no trânsito fosse apenas mais uma estatística.
ROTINA
Enquanto motoristas e motociclistas não entenderem que cada infração é uma sentença de risco — para si e para os outros —, continuaremos a assistir a esse espetáculo grotesco de irresponsabilidade.
DESTINO
E o preço pago será sempre o mesmo: vidas interrompidas por escolhas inconsequentes.
BRINQUEDO
Em Porto Velho, dirigir carro de aplicativo deixou de ser profissão e virou uma grande piada de mau gosto.
BRINQUEDO 2
A maioria dos motoristas parece se preocupar mais em encher o carro de adesivos de “grupos” e “tribos” do que em transmitir seriedade e confiança.
POSTURA
É como se transportar pessoas fosse apenas uma extensão da farra de bar, um passatempo qualquer, e não um trabalho que exige responsabilidade e postura.
COMPORTAMENTO
Quem entra em muitos desses veículos encontra motoristas que mais parecem adolescentes querendo se exibir do que profissionais comprometidos com o que fazem.
RESPONSABILIDADE
A impressão é clara: grande parte desses condutores não entende — ou não quer entender — que transportar vidas exige muito mais do que dirigir um carro com o aplicativo ligado.
BONS TEMPOS
O contraste com o passado é gritante. Houve um tempo em que disputar a direção de um carro executivo era um símbolo de status.
BONS TEMPOS 2
Dirigir um executivo representava qualidade, bom gosto e seriedade no transporte de passageiros. Hoje, o glamour foi substituído pelo improviso barato e pelo “não tô nem aí”.
OCUPAÇÃO
É evidente que há uma questão social: falta emprego, sobra necessidade, e muita gente acaba no volante como último recurso.
NÃO JUSTIFICA
Mas nada disso justifica a completa ausência de compromisso. Se a atividade é vista pelo próprio motorista como uma brincadeira, como esperar que o passageiro enxergue ali um profissional de verdade?
SERIEDADE
No fim das contas, o resultado é um só: a credibilidade do transporte por aplicativo vai para o ralo, arrastada por motoristas que confundem profissão com aventura, responsabilidade com passatempo, e respeito ao passageiro com mera formalidade.
DÚVIDA
E talvez esteja aí a pergunta incômoda: será que quem hoje dirige carro de aplicativo em Porto Velho realmente se vê como profissional, ou apenas como alguém que achou um atalho para ganhar uns trocados sem precisar de compromisso algum?
SAUDOSISMO
Eu lembro que quando garoto era “muito chique” ver meu avô pedindo para eu ir até uma alameda que havia na região central da cidade chamar um “auto de praça”.
PROFISSIONAL
Era mais chique ainda – como no caso do meu avô – chamar um “chofer” específico que lhe atendia com responsabilidade e cordialidade. Bons tempos que não voltam mais, infelizmente.
FRASE
A responsabilidade no exercício da profissão garante qualidade, credibilidade e respeito.