BENEFÍCIO PRÓPRIO
O ato vergonhosos dos deputados de Rondônia Fernando Máximo ( UNIÃO BRASIL ) e João Chrisóstomo ( PL ), na votação referente a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brasão ( sem partido-RJ ) mostra a mesma falta de sensibilidade de ambos porém com interesses distintos.
VOTO
Fernando Máximo e Chrisóstomo votaram pela soltura de Brasão. Foram os únicos da bancada rondoniense que colocaram um viés ideológico nojento acima da prática de um crime bárbaro por encomenda, conforme o que foi apurado pela Polícia Federal.
RESSALVA
Antes de continuar é importante pontuar a lucides dos outros deputados federais por Rondônia , Lucio Mosquini, Maurício Carvalho, Lebrão, Silvia Cristina, Cristiane Lopes e Thiago Flores que votaram pela manutenção da prisão.
INTERESSE
No caso do voto de Chrisóstomo a atitude já era esperada, pois ele na política anda com antolho. Costuma só obedecer ordens do grupo de Jair Bolsonaro.
DEPUTADO FEDERAL JOÃO CHRISÓSTOMO
INTERESSE 2
Já Fernando Máximo não pode votar pela manutenção da prisão de Chiquinho Brasão e de nenhum outro parlamentar da Câmara dos Deputados.
INTERESSE 3
A razão é simples. Fernando é investigado pela Polícia Federal em mais de um inquérito por suspeita de compra superfaturada de kits de teste rápido durante a pandemia de Covid.
DEPUTADO FEDERAL FERNANDO MÁXIMO
INTERESSE 4
Fernando Máximo era Secretário Estadual de Saúde e teria, segundo as investigações, autorizado a compra dos testes com valor de quase 40% acima do mercado.
INTERESSE 5
Foram comprados 100 mil kits ao custo unitário de 100 reais, o que deu um total de 10 milhões. Segundo a PF, foram adiantados 3 milhões para a empresa.
INTERESSE 6
A Secretaria de Saúde explicou que fez o adiantamento e pagou mais caro porque a entrega seria imediata. No entanto, os kits levaram 40 dias para chegar.
INTERESSE 7
Em uma eventual condenação, caso seja confirmado o superfaturamento, Fernando Máximo poderia também virar inquilino do sistema carcerário.
INTERESSE 8
No caso ele estando no mandato, e venha a ocorrer uma condenação da Justiça, isso exigiria um procedimento administrativo da Câmara Federal, idêntico ao que ocorre com Brasão.
INTERESSE 9
Portanto, não parece ser muito prudente para Fernando Máximo, manter o colega na prisão quando se corre o riso de seguir um caminho parecido.
CRIME
É desnecessário pontuar a violência bárbara que resultou na morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes , em 2018. Segundo a PF, os irmão Chiquinho Brasão e Domingos Brasão teriam sido os mandantes do crime sendo que teriam tido apoio do delegado Rivaldo Barboza, ex-chefe de polícia do RJ.
CRIME 2
No entanto é preciso pontuar outro crime violento para entender minha afirmação quanto a hipocrisia citada na manchete de hoje. Vou falar da ex-deputada Flordelis, condenada a 50 anos e 28 dias pelo homicídio do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.
FLORDELIS
CASSAÇÃO
Flordelis teve o mandato cassado, corretamente, pela Câmara dos Deputados. Ela ainda nem havia sido condenada pela Justiça quando os deputados já decidiram pela cassação.
CASSAÇÃO
Agora vejam que interessante. Vários políticos do PL, entre eles João Chrisóstomo de Rondônia, Bia Kicis, capitão Alberto Neto, do Amazonas, entre outros, votaram pela cassação de Flordelis antes mesmo do julgamento.
CASSAÇÃO 2
Isso mostra que quando não há pressão política de um lado contrário a interesses ideológicos, como foi no caso Marielle, é sensato punir um culpado.
OPINIÃO
Realmente é triste ver o povo representado por pessoas tão canguinhas e cobiçosas que agem conforme o interesse pessoal e a chance de levar vantagem sempre que possível
DE NOVO
O ministro Cristiano Zanin do STF, concedeu liminar e Isáu Fonseca retorna a prefeitura de Ji-Paraná, em menos de 30 dias do seu afastamento.
ISAÚ FONSECA PREFEITO DE JI-PARANÁ
POLÍCIA
Isaú foi afastado durante a operação “Arcana Revelada”, desencadeada pela Polícia Civil com objetivo de desarticular uma sofisticada organização criminosa que teria se infiltrado nos poderes Executivo e Legislativo da região.
PRA FORA
O vice-prefeito Joaquim Teixeira, hoje inimigo político de Isau, já deixou o cargo, assim como devem deixar todos os secretários que a ele são ligados.
INQUÉRITO
As investigações, que se desdobraram a partir da operação policial denominada “ARAUTO”, revelaram indícios contundentes de corrupção e tráfico de influência que remontam à aprovação da Lei Municipal n. 3.444/2021, em dezembro de 2021.
VANTAGENS
A Lei autorizava o Poder Executivo a celebrar acordos judiciais em favor de servidores da Secretaria Municipal de Educação, supostamente mediante o pagamento de propina a agentes públicos.
AFASTADOS
A ação policial resultou também no afastamento dos principais envolvidos das funções públicas por 120 dias. O ministro Cristiano Zanin acatou o pedido de defesa de Isaú Fonseca, permitindo assim o seu retorno ao cargo de prefeito.