ÓDIO
A morte do Papa Francisco gerou reações que vão além do aceitável no debate público. Gente doente de espírito veio à público manifestar um ódio que foge completamente do racional.
ÓDIO 2
Grupos de extrema direita, cada vez mais confortáveis em suas bolhas de intolerância e desinformação, não hesitaram em debochar ou mesmo celebrar a morte de um dos maiores líderes espirituais do mundo.
ÓDIO 3
Isso revela, além de uma crueldade inaceitável, uma profunda ignorância sobre o papel que Francisco desempenhou como ponte entre culturas, religiões e ideologias.
RÓTULO
Francisco, frequentemente rotulado como “papa de esquerda” por seus críticos mais radicais, foi na verdade um papa profundamente cristão em sua essência.
BÍBLICO
Sua postura conciliadora, sua defesa dos pobres, dos migrantes, do meio ambiente e sua tentativa de aproximar a Igreja de realidades contemporâneas foram uma continuidade lógica dos ensinamentos de Cristo.
MENTE DOENTIA
No entanto, para os extremistas de direita, qualquer gesto de empatia ou inclusão virava sinônimo de fraqueza, traição ou “agenda comunista”.
SADISMO
O que choca, no entanto, não é apenas a rejeição das ideias do papa – algo que faz parte da liberdade de expressão – mas o prazer sádico com que muitos desses grupos falam sobre sua morte.
NOJEIRA
As redes sociais estão, desde ontem, contaminadas com aberrações humanas que defendem que a eliminação de uma voz de paz e diálogo é algo que deve ser comemorado como uma vitória.
ENTENDIMENTO
Esse tipo de postura, ao que parece, revela não só intolerância religiosa e política, mas também uma falência moral. Não há mais limites nem espaço para a sensatez.
DEDUÇÃO
O deboche diante da morte de um líder espiritual, explicitamente conhecido pela bondade, não é só desrespeito – é a manifestação de um radicalismo que prefere o conflito à convivência, o ódio à compaixão, o autoritarismo à escuta.
FALSA MORAL
E quando esse radicalismo se apresenta travestido de “defesa da fé”, o que temos é a perversão completa dos valores cristãos que esses mesmos grupos afirmam proteger.
POSTURA
Francisco incomodava porque não alimentava os discursos de exclusão. Ele não se curvava aos poderosos nem se calava diante das injustiças.
APROXIMAÇÃO
Sua missão foi, desde o início, aproximar a Igreja dos que mais precisavam, mesmo que isso significasse desagradar os donos do poder – político, econômico ou religioso.
POLARIZAÇÃO
E é justamente aí que morava o incômodo: em um mundo polarizado, onde a empatia virou sinônimo de fraqueza, o papa escolheu ser ponte, não muro.
IMUNE
A zombaria dos extremistas não atingiu Francisco – atingiu, na verdade, a dignidade humana. Revelou o quão longe estamos dispostos a ir para desumanizar quem pensa diferente.
FORA DA REALIDADE
E, ao fazer isso, perdem-se não apenas os princípios democráticos, mas também os ensinamentos mais básicos da fé cristã.
OPINIÃO
Em um mundo onde o ódio faz barulho, a bondade continua sendo uma força silenciosa – mas imensamente poderosa. Mesmo quando parece pequena diante da crueldade, é ela que permanece.
OPINIÃO 2
O mal pode até ganhar manchetes, mas é a bondade que transforma, que consola, que cura. A verdadeira vitória não está em responder ao ódio com mais ódio, mas em sobrepor-lhe a tolerância.
OPINIÃO 3
É fácil se deixar levar pela fúria, reagir com desprezo, desejar vingança. Difícil – e por isso grandioso – é responder com paciência, com escuta, com compreensão.
OPINIÃO 4
A tolerância não significa passividade, mas sabedoria: saber que o outro, muitas vezes, é prisioneiro de sua própria dor, de sua ignorância, de seu medo.
OPINIÃO 5
Diante das desigualdades do mundo, o olhar bondoso não julga – acolhe. Não aponta o dedo – estende a mão.
OPINIÃO 6
Quem enxerga a miséria com piedade entende que não se trata apenas de falta de recursos, mas também de ausência de afeto, de respeito, de oportunidade. A bondade vê onde o desprezo é cego.
OPINIÃO 7
Ser bom não é ser ingênuo. É ser corajoso o suficiente para acreditar que, apesar da violência, do preconceito, da indiferença, ainda vale a pena agir com amor.
OPINIÃO 8
A bondade não é fraqueza – é resistência. Em tempos de cinismo, de individualismo, de muros erguidos por medo e arrogância, ser bom é um ato de revolução.
OPINIÃO 9
Fazer da bondade o antídoto é escolher, todos os dias, não se contaminar pelo que desumaniza. É entender que cada gesto de gentileza, por menor que seja, pode quebrar um ciclo de ódio.
OPINIÃO 10
É acreditar que, mesmo em meio ao caos, a luz que acendemos dentro de nós pode iluminar outros caminhos. E quando a bondade se torna um hábito, ela contagia. E quando ela se espalha, o mundo muda.
FRASE
Madre Tereza ficou conhecida, entre outras coisas, por repartir o que nela havia de sobra. Uma de suas frases explica bem isso.
Algumas pessoas merecem nosso amor, outras precisam dele.