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A queda do “intocável” Geraldo da Rondônia

Confira as notícias do dia, por Cícero Moura.

SOBERBA
Durante anos, o ex-deputado estadual José Geraldo Santos Alves Pinheiro, o Geraldo da Rondônia, cultivou a imagem de que era um homem acima das regras. 

Foto: Reprodução / Redes Sociais


SOBERBA 2
Nos corredores da política, se comportava como se o mandato fosse um salvo-conduto para a arrogância, o deboche e o abuso de poder. 


FIM
Achava que podia tudo. Pois eis que a Justiça de Ariquemes mostrou que o tempo da impunidade dele chegou ao fim.


CONDENAÇÃO
Condenado a 1 ano, 4 meses e 20 dias de detenção em regime semiaberto, Geraldo viu sua aura de “intocável” ruir. 


AÇÃO E REAÇÃO
Não se trata de perseguição, mas de consequência: suas próprias atitudes o colocaram nesse lugar.


ARROGÂNCIA
O que a sentença revela não é apenas um homem destemperado. É um retrato da arrogância travestida de mandato. 

Marise Castiel


SEM RESPEITO
Geraldo, segundo as provas confirmadas em juízo, invadia repartições públicas, humilhava servidoras, lançava ofensas em público e se valia do título de deputado para constranger mulheres que apenas cumpriam seu trabalho.


PANDEMIA
No auge da pandemia, quando a população chorava seus mortos e os profissionais da saúde eram linha de frente contra o vírus, Geraldo escolheu filmar servidores, invadir áreas restritas de hospital e distribuir insultos como se fosse dono do sistema de saúde. 


OFENSAS
Chamou diretora de incompetente, técnica de enfermagem de “noiada” e espalhou intimidação diante de pacientes e colegas. 


ENTENDIMENTO
Não foi crítica. Foi pura agressividade, puro abuso.

CLIOM


JUSTIÇA
A juíza Elaine Cristina Pereira foi clara: Geraldo se aproveitou da condição de parlamentar para intimidar mulheres e reforçar seu poder pela humilhação.

 
TEXTO DA CONDENAÇÃO
Reconheceu os maus antecedentes, o comportamento recorrente e deixou claro que prerrogativa de fiscalização não é licença para grosseria nem para o desrespeito.


REALIDADE
Agora, o “homem que se achava inviolável” terá de encarar a realidade de um regime semiaberto. 


REALIDADE 2
Para quem se acostumou a desfilar com ar de superioridade, a queda deve doer ainda mais.


RECADO QUE FICA
A condenação de Geraldo da Rondônia vai além da pena em si. É um recado aos que confundem cargo público com passaporte para a truculência. 


FATO
Quem ocupa mandato deve respeito à sociedade, não assombro e intimidação. Geraldo achou que podia atropelar servidoras, que podia gritar mais alto que a lei. 


CONSTATAÇÃO
Descobriu tarde demais que a democracia não se curva a valentões de plenário. A sentença é dura, mas justa: mostra que a arrogância não é eterna e que até quem se julgava acima de tudo pode terminar abaixo da lei.


ALÍVIO ILUSÓRIO
Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que a Corte não é o foro adequado para julgar os réus do 8 de janeiro que não possuem prerrogativa de foro. 

Foto:  Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil


COMEMORAÇÃO
A decisão, técnica e coerente com a Constituição, caiu como um presente para a extrema-direita, que correu para comemorar como se fosse uma vitória política capaz de virar o jogo. Mas a festa é mais barulho do que substância.


DECISÃO DE FUX
O raciocínio é simples: o STF só deve julgar autoridades com foro privilegiado. Os “aloprados” que invadiram, depredaram e atacaram os três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, não se enquadram nessa categoria.

FERRAMENTA


OUTRA CORTE
Logo, os processos de quem não tem prerrogativa de foro devem ser remetidos à primeira instância da Justiça Federal.


EUFORIA
A militância radical bolsonarista, sempre em busca de narrativas para inflamar seus seguidores, vibrou. 


UTOPIA
Vendeu a decisão como se fosse uma derrota do STF, como se a Corte estivesse sendo obrigada a reconhecer abusos e recuar. Nada mais ilusório. 


CONTINUIDADE
O processo continua, as provas permanecem robustas, e os acusados seguem respondendo pelos crimes cometidos.


TENTO
A comemoração da extrema-direita é como a de um time que perde de goleada, mas solta rojão porque conseguiu um gol.


MAIS DECISÕES
O detalhe que muitos fingem ignorar é que os processos centrais já estão no STF, onde cinco ministros têm competência para julgar. Ou seja: os pilares da responsabilização permanecem intactos. 


JULGAMENTO
Os que tentaram destruir a democracia vão continuar enfrentando a Justiça. A decisão de Fux não apaga vídeos, áudios, mensagens e provas colhidas. Apenas desloca parte do trâmite para instâncias inferiores, sem impacto relevante no desfecho.


LIÇÃO POR TRÁS DA DECISÃO
O que Fux fez, na verdade, foi reforçar o óbvio: o STF não pode ser transformado em vara criminal universal. 


FUTURO
Isso fortalece a legalidade processual e desarma, inclusive, futuros discursos de perseguição. 


QUEBRA DE REGRAS
O Judiciário cumpre seu papel dentro das regras — e quem quebrou regras em 8 de janeiro terá de arcar com as consequências, seja em Brasília, seja em qualquer outro tribunal do país.


CONCLUSÃO
A comemoração da extrema-direita diante da decisão de Fux é mais uma tentativa de fabricar vitórias no deserto. 


CONCLUSÃO 2
O que importa permanece: a Justiça está andando, as condenações continuam sendo confirmadas, e os crimes cometidos contra a democracia não serão varridos para debaixo do tapete.


CONSTITUIÇÃO
No fim das contas, o STF sai maior: respeitou os limites constitucionais sem dar um passo atrás no combate ao golpismo. Os “aloprados” de 8 de janeiro, por sua vez, seguem com o mesmo destino — o banco dos réus.

Coimbra


FRASE
A imparcialidade dá equilíbrio às decisões, e a coerência garante que elas tenham credibilidade.

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