Deflagrada pela Polícia Civil do estado de Rondônia em 2013 culminando com a prisão e acusação de 27 pessoas por associação ao tráfico de drogas, estelionato e formação de quadrilha, a operação Apocalipse teve mais um capítulo nesta semana.
A 5º turma do Superior Tribunal de Justiça – STJ, absolveu todos os denunciados pela Polícia Civil de Rondônia e Ministério Público (Estadual e Federal). A votação dos ministros acompanhou por unanimidade o voto do relator.
Na época a operação foi comandada pelo então secretário de segurança pública, o delegado Marcelo Bessa, que um ano depois lançou-se frustradamente à uma cadeira na Câmara Federal pelo estado de Rondônia.
Após perder a eleição, Marcelo Bessa sumiu do cenário público e político.
Mesmo tendo como foco principal o tráfico de drogas, não houve sequer a apreensão de uma grama de entorpecente.
Vereadores, deputados, além de outros agentes públicos foram ligados à traficantes, porém, sem provas que se sustentassem de acordo com a recente decisão do STJ.
Muitos desses políticos relacionados na operação Apocalipse acusaram o então governador Confúcio Moura (MDB), atualmente senador da República, de ter utilizado a Polícia Civil para “limpar” o caminho da sua reeleição.
A principal voz dessa acusação contra Confúcio foi o então presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia – ALE/RO, Hermínio Coelho, que teve sua família envolvida nas denúncias. Hermínio era o principal opositor de Confúcio e cogitado à disputar o Governo.
Um dos presos na época quando ainda estava no cargo de vereador foi o atual deputado estadual Jair Montes (AVANTE) que após a sua absolvição pelo STJ afirmou: “Obrigado meu Deus! Hoje inicio uma nova história”.
Resta saber quais serão as próximas medidas desses absolvidos que passaram pelo constrangimento de prisão, busca e apreensão da Polícia Civil dentro de suas casas e desmoralização pública.