A BR-319, rodovia que conecta Porto Velho a Manaus e símbolo da integração da Região Norte, volta a receber asfalto após quatro décadas de abandono. O início da pavimentação de 20 quilômetros do chamado Trecho C (entre os km 198 e 218, a partir de Manaus) foi comemorado pela deputada federal Cristiane Lopes (União-RO), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da BR-319.
“A pressão deu resultado. A mobilização do nosso mandato, junto às comissões técnicas, por meio de ofícios e visitas aos ministérios, ajudou a destravar um impasse que já se arrastava há anos. Agora precisamos de um cronograma claro e compromisso com a conclusão da obra. O povo de Rondônia e do Amazonas não pode mais esperar”, destacou.
Cristiane Lopes tem atuado em várias frentes para garantir a retomada da rodovia. Em julho, durante audiência pública na Câmara, ela confrontou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, cobrando agilidade na liberação de licenças ambientais. No mesmo período, oficiou o ministro dos Transportes, Renan Filho, exigindo providências imediatas. Pouco depois, os ministérios anunciaram um acordo inédito, com a elaboração de um plano socioambiental estruturado que viabilizou a retomada das obras.
Além das cobranças diretas, a deputada articulou apoio político no Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, conseguindo a assinatura de uma declaração conjunta em defesa da BR-319. Também acompanhou as tratativas com o DNIT e a destinação de R$ 180 milhões para o projeto.
Apesar dos avanços, ainda existem entraves judiciais e ambientais que afetam o andamento do trecho central da rodovia. Cristiane Lopes, no entanto, reafirma seu compromisso de seguir cobrando soluções definitivas.
“A BR-319 não é uma nova estrada, é a repavimentação de uma via que já existiu e hoje está abandonada. Essa rodovia é vital para reduzir custos logísticos, integrar estados, escoar a produção e dar dignidade a quem vive no Norte. Essa luta é histórica e nós não vamos recuar”, declarou.
Com a retomada do Trecho C, cresce a expectativa de que a BR-319 finalmente deixe de ser apenas uma promessa e se torne realidade. A rodovia representa não apenas mobilidade, mas também desenvolvimento econômico, acesso a serviços e a quebra do isolamento histórico da Amazônia.