A recente audiência pública promovida em Manaus (AM) para debater a pavimentação total da BR-319 que liga a capital de Rondônia (Porto Velho) à capital do estado do Amazonas (Manaus), trouxe alguns pontos que podem ser determinantes para o impedimento dessa obra que é sonho de muitos e o pesadelo de tantos.
Mesmo parecendo distante da realidade de quem vive na região Norte do Brasil, o ponto mais problemático para a pavimentação de BR-319 é a crise hídrica nas regiões Sul e Sudeste, que pode levar à problemas de abastecimento de energia e grandes secas nessas áreas.
De acordo com cientistas e analistas ambientais além de abrir um novo trecho que até então estava intocável na Amazônia, essa obra aumentaria o desmatamento e consequentemente mitigarias correntes de nuvens conhecidas como “rios voadores”.
Esses “rios voadores” que passam pela floresta amazônica e chegam até o Sul e Sudeste são responsáveis por grande parte das chuvas. Com o término da obra da BR-319 essas nuvens simplesmente ficariam escassas, aumentando dramaticamente a seca no Sul e Sudeste.
Com isso, a previsão de crise hídrica e consequentemente crise energética será uma realidade em 2022 caso a obra continue avançando.