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CRISE NO CPA – Rompimento entre Marcos Rocha e Sérgio Gonçalves parece definitivo e pode impactar eleições de 2026

Não há espaço para neutralidade. Ou há acordo, ou haverá guerra.

O cenário político no coração do governo de Rondônia atravessa um dos seus momentos mais delicados. O que antes era apenas um ruído nos bastidores agora se transforma em uma ruptura praticamente irreversível: o governador Marcos Rocha e seu vice, Sérgio Gonçalves, não falam mais a mesma língua — e dificilmente voltarão a fazê-lo.

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A crise, que se arrasta desde a controversa saída de Júnior Gonçalves da Casa Civil, tomou proporções ainda maiores nas últimas semanas, especialmente após a nomeação de Elias Resende como substituto e as declarações públicas de Sérgio pedindo sua exoneração. Para piorar, o estopim final pode ter sido a revelação de que a ação judicial que ameaça o mandato de Rocha teve articulação próxima ao senador Marcos Rogério — hoje presidente regional do PL e, segundo fontes palacianas, apoiado nos bastidores por Sérgio Gonçalves.

Diante disso, três possíveis caminhos se desenham, todos eles difíceis:

  1. Milagre político e reconciliação – Quase descartada nos bastidores. Só mesmo uma improvável intervenção divina poderia promover uma reaproximação entre Rocha e seu vice, depois de tantos episódios de desgaste público e institucional.
  2. Isolamento total de Sérgio Gonçalves – A alternativa mais provável no curto prazo. O governador pode retirar os poucos espaços e atribuições ainda ocupados por Gonçalves, colocando-o em um limbo político-administrativo, sem influência no governo.
  3. Negociação estratégica – Há quem aposte numa solução intermediária: Gonçalves abriria mão de assumir o governo em abril de 2026, para viabilizar sua candidatura a deputado federal com apoio do Palácio Rio Madeira. Não seria uma reconciliação, mas uma convivência protocolar baseada em interesses mútuos.
  4. Radicalização e tentativa de torná-lo inelegível – Menos provável, mas não descartada nos círculos mais duros da base governista. Essa estratégia envolveria ações jurídicas e políticas para minar completamente o capital eleitoral do vice.

A verdade é que a sucessão de Marcos Rocha ao Senado e o projeto de candidatura de Luana Rocha à Câmara Federal dependem de uma definição clara sobre o papel de Sérgio Gonçalves nos próximos meses. Não há espaço para neutralidade. Ou há acordo, ou haverá guerra.

Nos bastidores, cresce a tensão. A disputa interna no governo tornou-se pública e aberta, e os próximos dias prometem uma enxurrada de bastidores, versões, fake news e — com sorte — alguns fatos reais. Tudo isso enquanto o estado segue em compasso de espera, aguardando os desdobramentos de uma crise que parece longe de terminar.

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