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Duplicação da BR-364 pode ser embargada antes mesmo do leilão previsto para daqui dois dias

Confira as notas do dia, por Cícero Moura.

Foto: Ac 24 horas

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PEDÁGIO

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A coluna segue abordando a privatização da BR-364 que já está gerando inúmeras controvérsias. O setor produtivo é quem mais deverá ser impacto com o modelo de concessão.

AGRO

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O agronegócio de Rondônia destaca que a economia deverá ser afetada pelos próximos trinta anos em função dos altos custos e do baixo volume de obras que envolvem a concessão da BR-364.

DOIS DIAS 

O Governo Federal programou para depois de amanhã, na Bolsa de Valores de São Paulo, a licitação para a escolha da empresa que irá comandar as sete praças de pedágio previstas para serem implantadas ao longo da BR-364 nos próximos meses.

VALORES

Os estudos apontam que o custo para um automóvel cruzar o trecho de Vilhena a Porto Velho será de R$ 100,00. No caso de caminhões, esse será o valor cobrado por eixo, o que significa que uma carreta com oito eixos terá um custo equivalente a R$ 1.600,00 no trajeto de ida e volta.

ESCLARECIMENTOS

Às vésperas de ser realizado o pregão, existem muito mais pontos obscuros do que certezas sobre os benefícios desse projeto. E é Isso está motivando a reação de toda a sociedade rondoniense, que vê com extrema preocupação a forma como a concorrência está sendo conduzida.

SEM DUPLICAÇÃO

A rodovia possui extensão de aproximadamente 700 quilômetros entre Porto Velho e Vilhena, mas as obras de duplicação serão de apenas 107 quilômetros e estarão concentradas no trecho entre Presidente Médici e Jaru.

AGILIDADE

Além de insuficiente, a duplicação será bastante demorada e deverá se arrastar ao longo da próxima década.

MÃO NO BOLSO

No entanto, a única obra prevista para acontecer nos primeiros meses da concessão é a construção das sete praças de pedágio.

MÃO NO BOLSO 2

E veja só que maravilha. As praças  passarão a cobrar os valores de pedágio de veículos assim que estiverem implantadas, antes mesmo da realização das primeiras obras na rodovia.

NA CONTA DO AGRO

Nas redes sociais, o empresário do Grupo Eucatur e ex-senador Acir Gurgacz defendeu que o processo seja refeito, com a participação da sociedade.

CRÍTICA

Gurgacz criticou a falta de transparência na formação de preços do pedágio e o calendário da ANTT, que prevê que, nos primeiros quatro anos da concessão, serão implementados apenas oito quilômetros de duplicação da rodovia.

DENÚNCIA 

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia (CREA-RO) denunciou ao MPF e ao TCU que as condições previstas para a melhoria da rodovia, a partir da concessão, são muito inferiores ao que estava inicialmente planejado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

FORA DA REALIDADE

Estudos realizados pelo CREA-RO apontam para uma “disparidade significativa entre os investimentos previstos e as obras que serão efetivamente realizadas, ocasionando graves prejuízos para a população e toda a sociedade rondoniense”.

SEM A SOCIEDADE

O CREA-RO alerta para a “falta de participação da sociedade nas audiências públicas e a distribuição inadequada de notificações, que excluíram cidades diretamente impactadas pela concessão”.

COMMODITIES EM ALERTA

Segundo Liomar Carvalho, presidente da Associação Comercial e Industrial de Ji-Paraná (ACIJIP), o modelo atual de concessão coloca em risco a viabilidade econômica de diversos setores que dependem da BR-364.

CUSTOS

Leomar esclarece que embora reconheça que a modernização da infraestrutura rodoviária é absolutamente necessária, os altos custos do modelo de concessão e seus impactos econômicos “poderão inviabilizar a competitividade das commodities rondonienses.

TRAVAMENTO

De acordo com Carvalho, “sem a duplicação, Rondônia pode enfrentar um bloqueio logístico, travando seu crescimento e encarecendo o custo do transporte de mercadorias.

CUSTO SEM MELHORIAS

O presidente da Associação Comercial de Rondônia (ACR), Vanderlei Oriani, afirmou a  necessidade de adiamento do leilão para que haja um amplo debate.. Oriami aponta que a população desconhece que a rodovia será privatizada.

Divulgação

INVERDADE

Oriani desmentiu a informação da ANTT de que houve audiências em Rondônia. Segundo ele, não houve e ninguém da imprensa teria acompanhado as reuniões.

“ESTRANHO”

Oriami afirmam ainda que tudo é meio nebuloso, a começar pela marcação do leilão na véspera do feriado de Carnaval. Isso geraria, na opinião dele,  mais desconfiança de que “algo não está normal”.

RISCO PARA MOTORISTAS

O presidente da Cooperativa de Transporte de Cargas de Cacoal (COOPERCAL), Milton Yamada, informou que existem muitos questionamentos relacionados à falta de segurança da rodovia e que não seriam resolvidos por meio do modelo de concessão que está sendo proposto.

Foto: O livre 

PRAÇAS DE PEDÁGIO

As praças para cobrança do pedágio serão instaladas de maneira estratégica, entre os municípios de Vilhena, Pimenta Bueno, Cacoal, Presidente Médici, Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Jaru, Ariquemes, Cujubim, Candeias do Jamari e Porto Velho.

EXPLICAÇÃO

Para justificar a instalação imediata dos pedágios, a ANTT informa que serão construídas 34 passarelas ao longo da rodovia, além das obras de manutenção permanente do trecho que será explorado pela iniciativa privada.

PAVIMENTO

A concessão prevê também a execução de 200 quilômetros de alargamento da pista, com a instalação da terceira faixa, e a construção de 35 quilômetros de vias de ligação aos terminais portuários Bertolini Cujubim e Grupo Amaggi, com acesso pela Estrada da Penal, em Porto Velho, a partir do sexto ano da concessão.