Um líder sindical, de berço socialista, que se transformou em um mediador e estrategista dentro dos meandros da política rondoniense, assim pode ser definido Daniel Pereira (PSB), vice-governador e pretenso candidato à corrida pela chefia do poder executivo no estado de Rondônia.
O cargo de governador é algo certamente almejado por Daniel, que vem traçando seus passos calculadamente, ao lado do governador, Confúcio Moura (PMDB), Daniel Pereira passa longe de ser um “vice-ilustrativo”, com um impressionante desempenho nas articulações, ele vem pouco a pouco convencendo irredutíveis grupos, que até então não acreditavam em sua eleição, de que ele pode sim, surpreender e assumir a cadeira de Confúcio em 2019.
O último histórico de um vice que tentou suceder o seu governador em Rondônia foi João Cahula, que mesmo com o apoio do então popular governador Ivo Cassol (PP), não conseguiu sequer chegar ao segundo turno, ficando atrás de Expedito Júnior (PSDB) e o então candidato Confúcio Moura.
Observando esses exemplos Daniel Pereira sabe a importância de ampliar sua base de sustentação política, vice de fato, ele vem realizando constantes viagens por todo o território rondoniense, sempre mostrando um perfil apaziguador, longe de outrora, onde era líder sindical e bradava em defesa de sua categoria, o funcionalismo público. Agora ele articula, aproxima contatos ao governador e resolve problemas dentro da governadoria, mostrando autonomia e confiança e Confúcio.
Porém, o bom relacionamento de Confúcio com Daniel, não significa um apoio certo, uma vez que o governador se vê nas mãos de um partido paroquial e que sempre realiza costuras políticas até o ultimo minuto possível dentro de uma campanha eleitoral, o PMDB, legenda com a qual o apoio seria vital para Daniel.
Mas, uma outra alternativa é vista no horizonte, Confúcio e Daniel podem se abraçar no PSB, sendo que o governador sairia para a corrida ao senado em parceria com seu atual vice para “engrena-lo” na cadeira maior do poder executivo estadual. Essa hipótese seria uma aposta de risco para Confúcio, que contaria com uma estrutura partidária menor em relação as suas duas últimas vitoriosas eleições.
Uma coisa é fato, Daniel deve assumir o governo de Rondônia, já que Confúcio terá de abrir mão de seu mandato seis meses antes da eleição caso deseje disputar a cadeira de Senador por Rondônia, já para ele a legislação garante que fique em seu cargo enquanto dispute uma possível candidatura ao governo.
Daniel Pereira, que esse ano recebeu o titulo de cidadão honorário de Rondônia, já que nasceu no estado do Paraná, neste último desfile de Sete de Setembro, representou a posição de Chefe Maior do estado, há cada dia vem sentindo o gosto de governar e se considera pronto, cabe saber como essa inédita candidatura seria aceita entre o eleitorado rondoniense, e como se formaria uma possível oposição ao seu nome, já que até então ele vem desempenhado uma papel quase que diplomático sob uso de seu cargo.
A eleição 2018 promete ser feroz, em um período político conturbado, o mais importante para os candidatos será apresentar propostas que inovem e se diferencie do modo como vem sendo feito política no país.
Fonte: JH Notícias