Se você, cidadão de Porto Velho for agora até o complexo turístico da praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e entrar no local, será escoltado por seguranças privados até o portão da rua, se insistir em ficar, corre o risco de ser preso, isso porque a praça segue interditada para utilização pública até a sua inauguração, que ainda não tem data prevista.
Porém, esse não é o tratamento cedido pelo grupo Amazonfort, responsável pelo gerenciamento do local, aqueles que possuem força política e financeira, ao menos essa foi a constatação nesta última semana após a Federação das Indústrias de Rondônia – FIERO promover dentro de um dos galpões interditados ao acesso dos “reles cidadãos comuns” o evento de posse da nova diretoria.
Com toda a pompa e circunstância, imprensa e convidados chegaram a realizar um “tour” pelas instalações ainda proibidas à comunidade. Em um dos históricos galpões, Marcelo Tomé foi empossado pela terceira vez consecutiva na presidência da FIERO.
A presença do prefeito Hildon Chaves (UNIÃO) nessa solenidade foi uma espécie de confirmação do receio de grande parte dos representantes de movimentos que atuam na capital de Rondônia em defesa do patrimônio histórico e Artístico da Madeira Mamoré, que afirmaram que o projeto da prefeitura era transformar o local em um “shopping” ao ceder o espaço para a Amazonfort.
Em menos de vinte anos a praça da Madeira Mamoré já consumiu mais de R$ 60 milhões através de repasses do Governo Federal, Governo Municipal e compensações sociais e ambientais das usinas do rio Madeira.
Vale ressaltar que qualquer espécie de evento cultural, reforma, entre outros, deve passar pela anuência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. A reportagem buscou contato através do celular do IPHAN, mas não conseguiu falar com a superintendente do instituto, Alyne Mayra Rufino.
Enquanto isso, o morador comum de Porto Velho vai se tornando cada vez mais distante de sua cultura, tradições e história, sendo refém de uma política cultural elitista que valoriza mais o comércio e os poderosos à preservação e proximidade da população a sua identidade.
É uma falta de respeito o que a Prefeitura está fazendo com a história do estado de Rondonia, e como não tiveram competência para administrar fizeram um contrato de concessao fake para a Amazonfort, que transformará sem o minimo pudor em um grande shopping com academia, quadro de volei etc…e a galera aplaudindo, isso ja virou uma balcão de negocios em cima da compensação ambiental das usinas do madeira.É UMA VERGONHA!
PARABENS AO JORNALISTA QUE FEZ ESTA MATERIA……
QUER DIZER que o COMPLEXO da EFMM, SO ESTA FECHADO para o “”PROLETARIADO e a PLEBE……MAS que a BURGUESIA e QUEM EXPLORA os MEIOS de PRODUÇAO”” PODEM FAZER o que BEM QUIZEREM em ESPAÇO INTERDITADO, para OBRAS INFINDAVEIS ? O IPHAN AUTORIZOU ou NAO? ATE AGORA NAO OBTIVE RESPOSTAS!!!!!
************Atençao atualizaçao::: Acabei de falar agora(16h30m) com o Eng Bruno da Div Tecnica do Iphan. que disse ::: O Iphan foi pego de surpresa, de nada sabia,,,nao concedeu autorizaçao alguma para tal. O Iphan emitira um comunicado e acionara os procedimentos cabiveis a tal evento nao autorizado!!!! >>>>Tambem estou cobrando do Iphan que tome as devidas providencias quanto a legalidade ou nao da Terceirizaçao privada do Complexo>>>>>>”CAPÍTULO III
DOS EFEITOS DO TOMBAMENTO
Art. 11. As coisas tombadas, que pertençam à União, aos Estados ou aos Municípios, inalienáveis por natureza, só poderão ser transferidas de uma à outra das referidas entidades.”” https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0025.htm