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Ensino “maquiado” cresce no Brasil e causa questionamentos quanto a qualidade na formação

Confira as notas do dia, por Cícero Moura.
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AUMENTOU

Os cursos de graduação a distância cresceram 21% segundo informações do Censo. Os números são relativos ao ano passado, e foram divulgados pelo Ministério da Educação (Mec) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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20 MILHÕES

Ao todo, em 2022, foram ofertadas mais de 22 milhões de vagas de ensino superior, entre instituições públicas e privadas. De 2018 até o ano passado, houve 42% mais demanda por estudos remotos.

CORONAVÍRUS

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o crescimento do ensino a distância é “alarmante e desafiador”, e atribuiu à pandemia da covid-19 a maior adesão às aulas remotas.

GRADUAÇÃO

9,4 milhões de pessoas se matricularam na educação superior no ano passado, 1 milhão a mais do que em 2021. Tratando apenas de graduação, foram 4,7 milhões de ingressantes – nem todas as vagas foram ocupadas.

ESCOLAS

Os dados registraram 2.595 instituições de educação superior no país, e o Sudeste concentra a maioria desses centros de ensino (1.098). Essa região é seguida pelo Nordeste (611), Sul (396), Centro-Oeste (289), e Norte (201).

PREFERÊNCIA

Pedagogia é o curso com mais pessoas matriculadas no Brasil: 821 mil. Ele é seguido por direito (671 mil), administração (638 mil), enfermagem (457 mil), e contabilidade (327 mil).

QUEM SÃO

O Censo também verificou que 43,4% dos jovens de 18 a 24 anos não frequenta e nem concluiu o Ensino Médio. Dessa faixa etária, 9,9% estuda a nível do Ensino Médio e 1,2% está matriculada no Ensino Fundamental. Os que frequentam a educação superior nessa idade compõem 20,2% da população.

10 ANOS

O índice de professores que se formaram em cursos de licenciatura à distância, em faculdades particulares, mais do que dobrou em uma década: saltou de 28,2% (2002) para 60,2% (2022). Nesse mesmo período, houve uma queda na qualidade dessas graduações. O levantamento é da ONG Todos Pela Educação.

TEM MAIS

Os outros cursos de ensino superior, apesar de também registrarem um crescimento expressivo da educação à distância (EAD), ainda apresentam uma parcela de concluintes nessa modalidade muito inferior ao das licenciaturas: a taxa subiu de 9,2% para 30,3%.

CUSTO

Entre as razões da formação precária, estaria a mercantilização de cursos EAD, produzidos a baixo custo com aulas gravadas e reproduzido para um número ilimitado de alunos, por meio de promoções de menos de R$ 200 por mês.

VIGIAR

O MEC informou que instaurou um Grupo de Trabalho de Formação de Professores. “A melhoria e o aumento do rigor na regulação dos cursos de licenciatura, especialmente para cursos EAD, será um dos esforços empreendidos pela pasta.”

AÇÃO

Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação, afirma que não basta que o MEC apenas demonstre insatisfação com a atual situação — precisa urgentemente coibir e regular cursos EAD de licenciatura.

PREFERÊNCIA

O Censo da Educação Superior, divulgado pelo Inep, mostra que, na rede privada, 93,2% dos novos alunos de pedagogia e das demais áreas da educação (como geografia, história, física e química) escolheram estudar na modalidade EAD.

SESSÃO

A Assembleia Legislativa previa uma Sessão Extraordinária nesta sexta-feira,13, para discutir, entre outras coisas, a aprovação – pela própria casa – do projeto de lei que aumentou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em Rondônia de 17,5% para 21% e a criação do imposto do Agro.

VISTA

O projeto relacionado ao Agro teve um pedido de vistas do deputado Luzinho Goebel na terça-feira ( 10 ) quando houve a votação do projeto sobre o ICMS.

EXECUTIVO

A alteração na cobrança do imposto foi proposta pelo Governo de Rondônia. Entre as justificativas do projeto, consta que o aumento seria necessário para fazer frente à Reforma Tributária, que está sendo analisada pelo Congresso Nacional.

MAIS DINHEIRO

O Executivo também alega que a medida tem o poder de aumentar a arrecadação do Estado em mais de R$ 2,3 bilhões nos próximos três anos.

RECLAMAÇÃO

A aprovação rápida do projeto não agradou setores produtivos, que repudiaram o aumento da carga tributária. A Federação do Comércio (Facer) se manifestou contra em redes sociais, afirmando que a mudança traz incertezas no cenário econômico, e classificou a aprovação como um duro golpe para a economia local.

OUTRA

A Federação das Indústrias (Fiero) também se manifestou contra e disse que o aumento “mostra a falta de sensibilidade por parte do governo e da Assembleia Legislativa, que sequer permitiram a manifestação da classe empresarial”.

MAIS OUTRA

A Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia também questionou a aprovação. Em nota a Fapero disse que “o baixo poder de compra da população e outros fatores vem afetando direto e indiretamente as cadeias produtivas do Estado o que torna inoportuno qualquer projeto de aumento de impostos em Rondônia.

EM TEMPO

A Assembleia Legislativa de Rondônia cancelou a Sessão Extraordinária que faria na tarde de hoje.

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