DISPUTA
A votação do segundo turno em Porto Velho não chegou nem perto do que se falava à boca pequena. De que haveria uma disputa voto a voto diante do cenário que havia se estabelecido nas última duas semanas.
NA FRENTE
Léo Moraes saiu na frente na apuração e assim permaneceu até o fim da contagem geral. Venceu o pleito com mais de 135 mil votos, chegando ao percentual de 56,18 por cento do total de votos válidos.
DIFERENÇA
Mariana Carvalho obteve 105 mil e 406 votos, votação menor em relação ao primeiro turno quando fez 111 mil 529 votos.
DIFERENÇA 2
Como política não é uma ciência exata, não dá para afirmar onde houve o erro que causou a diferença entre Mariana e Léo. Todas as análises apontam o fator rejeição ao nome como a causada da derrota de Mariana.
DIFERENÇA 3
Isso pesou muito mais em relação aos próprios apoios que a candidata do União Brasil teve na reta final da eleição. Bolsonaro e o deputado Nicolas Ferreira, por exemplo, gravaram vídeos pedindo votos para Mariana.
DIFERENÇA 4
Ao que parece, a direita de Porto Velho é focada muito mais no fator local, do que aquilo que eventuais lideranças venham tentar impor ao eleitorado.
PESSOAL
No cenário em questão, ficou muito claro que dinheiro, grandes alianças e acordos, até podem ter algum peso na disputa, mas não são o suficiente para decidir uma eleição em nossa capital.
SIMPLICIDADE
Léo Moraes soube explorar a condição de praticamente estar sozinho no pleito, confiando no que chamou de “aliança com o povo”, para reverter o resultado do primeiro turno. Deu certo.
COMPOSIÇÃO
Após todo o desgaste da campanha, Léo agora vai ter que focar na formação da equipe de governo. Uma tarefa que não deverá ser muito fácil por conta do cenário atual de seu partido, o Podemos.
NOMES
A legenda não tem nomes significados que possam ocupar os principais postos de comando da administração municipal. Léo terá que buscar bons técnicos para conseguir cumprir o que prometeu.
NOMES 2
O deputado Fernando Máximo, do União Brasil, que apoiou publicamente Moraes, é praticamente o único político de fora do ninho do Podemos, que deverá estar afinado com o prefeito eleito.
NOMES 3
Outra questão que Léo terá que ter jogo de cintura para levar adiante é a parceria com a Câmara de Vereadores. Todos os 23 novos vereadores estavam aliados com Mariana Carvalho. O partido de Léo não elegeu ninguém como vereador.
INDEPENDÊNCIA
Na primeira entrevista como prefeito eleito, Léo adiantou que não pretende interferir na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores. Pontuou que irá priorizar o diálogo com todos.
GESTÃO
Moraes também reafirmou que vai trabalhar para cumprir tudo que prometeu, mudando o que entende estar errado, e melhorando o que entende que teria dado na certo na gestão de Hildon Chaves.
OPINIÃO
Léo Moraes sai muito mais vencedor do que fortalecido na disputa. Ao conseguir uma virada histórica, ele demonstra que tem força para continuar firme na política e capacidade de convencimento.
OPINIÃO 2
Derrubar uma estrutura política gigantesca, que praticamente foi a dona de todas as coligações, é algo que merece uma profunda análise. A primeira questão que parece muito nítida, é que medalhões não ditam às regras em Porto Velho.
OPINIÃO 3
Ficou muito claro, que o eleitor local prefere avaliar o potencial pessoal dos candidatos em uma disputa, do que efetivamente o que os outros pensam ou dizem deste ou daquele nome que está na disputa.
OPINIÃO 4
Ao que parece, Léo Moraes conseguiu convencer que pode fazer uma gestão melhor do que Hildon chaves, que inegavelmente é bem avaliado pela população. Agora só resta a ele trabalhar, e a população esperar que a cidade resolva problemas crônicos que ainda se fazem presentes.
SÃO PAULO
Em São Paulo não adiantou muito o presidente Lula entrar na campanha para ajudar Guilherme Boulos. O PT perdeu a eleição por uma diferença bastante significativa, mostrando aquilo que escrevei lá em cima. Nos dias atuais, pouco influi a participação de medalhões nas campanhas.
SÃO PAULO 2
Ricardo Nunes ( MDB) foi reeleito com 59,35% dos votos válidos. Boulos chegou a 40,65% dos votos. Nunes fez 1 milhão e 800 mil votos no primeiro turno e quase que dobrou a votação no segundo turno.
SÃO PAULO 3
Já Guilherme Boulos, conseguiu aumentar pouco mais de 600 mil votos em relação ao primeiro turno. O que demonstra claramente que a maioria dos eleitores de Pablo marçal, votou em Nunes no segundo turno.
OPINIÃO
Quando eu me refiro que medalhões já não fazem mais muita diferença em uma disputa, dá para usar a eleição de São Paulo como um excelente exemplo. Lula não acrescentou nada para Boulos e muito menos Bolsonaro para Nunes.
OPINIÃO 2
Se houvesse um real poder de voto do ex-presidente na capital paulista, Ricardo Nunes teria feito ampla vantagem em relação a Pablo Marçal no primeiro turno, o que não aconteceu.