TELEVISÃO
Quase diariamente encontro amigos, leitores e expectadores que comentam minhas colunas ou o programa NEWS 5.1, que apresento diariamente na REMA TV, canal 5.1, às 21 horas, em tevê aberta.
TELEVISÃO 2
Os generosos amigos comentam sobre diversas coisas, a maioria sobre a análise dos comentaristas em relação a um político ou governo. Tem quem defende com veemência a direita e quem defende com fervor a esquerda. Isso é democracia.
TELEVISÃO 3
No entanto, o que mais tem sido me indagado é o fato de eu evitar me envolver nas discussões dos analistas, porém, o envolvimento sempre ocorre, mesmo que eu não abra a boca para dizer nada.
TELEVISÃO 4
A expressão no rosto ou a ironia para determinadas questões já são suficientes para inúmeras conjecturas quanto ao que eu realmente gostaria de dizer sobre o assunto em debate no momento.
QUIETO
Já escrevi uma vez escrevi aqui que os meus leitores teriam de me compreender menos pelo que escrevo do que por minha quietude. Eu sei que muitos dos meus leitores não me compreendem sobre meu silêncios, dão mais valor às minhas palavras.
QUIETO 2
Na televisão isso é bem mais fácil de ser compreendido. Existe a máxima que uma imagem ou gesto, valem mais do que mil palavras. E é verdade. É como quando se era criança, quando nossos avós ou pais se faziam entender com apenas um olhar.
PROFISSÃO
No jornalismo a gente vive situações engraçadas e até constrangedoras por conta de nem sempre seguir à risca o que alguém disse. Um colunista de São Paulo, bastante conhecido, costuma dizer que ele “aumenta, mas não inventa”.
PROFISSÃO 2
Não faço isso. Embora é inegável que eu sempre demonstro ser frio naquilo que não merece nenhuma consideração, e propício nos assuntos construtivos ou que alegram nossa sociedade.
POLÍTICA
A respeito dessa condição de às vezes escrever também o que alguém pensou, uma grande raposa da política brasileira, talvez tenha sido Magalhães Pinto. Foram várias as situações onde ele mereceu destaque, mas essa é especial.
POLÍTICA 2
Após conceder uma entrevista exclusiva a um jornalista, pegou o repórter pela manga do paletó e lhe aconselhou: “Espero que não publiques só o que te disse, mas também o que eu quis te dizer”. Excelentel!
ENTENDIMENTO
Fica fácil entender então que tem menos importância o que escrevo em minha coluna do que o que eu queria dizer quando escrevi aquilo – e não pude dizer. É nesse contexto que surgem as entrelinhas.
GRATIDÃO
Meus leitores e expectadores são respeitados como seres humanos, amigos e também como alicerces da minha vida profissional. Já existe uma simbiose que permite a todos me entenderem nas entrelinhas.
CONCEITO
As entrelinhas têm um valor maior do que o próprio silêncio. Em muitas vezes, as entrelinhas – ou o silêncio – são muito mais eloquentes do que as insossas e confusas palavras.
APOIO
Tenho uma lista de amigos empresários, gente séria e seleta, que eventualmente patrocinam iniciativas que promovo. Pessoas que não necessariamente atentam para o retorno comercial que poderá ocorrer.
APOIO
Boa parte o faz por amizade e, ainda, com a certeza de que não estará colocando sua marca em um produto nocivo ao pensamento alheio. É por isso que o senso de responsabilidade precisa estar presente também no silêncio.
LEVEZA
Até mesmo para falar de política é preciso estar “desarmado” de ranço, rancor ou ingratidão. Cabe ao silêncio fazer o contraponto entre o que se diz e o que efetivamente se gostaria de dizer.
LEVEZA 2
Em mundo de traições rotineiras, é claro que é um desafio permanecer clemente, mas o estrago, principalmente emocional, pode ser bem maior se a opção for revidar a tudo que não faz bem.
LEVEZA 3
Importante dizer que são raras as pessoas imunes ao que de não tão bom ocorre em nossa volta. A coragem está em justamente combater veneno com benevolência, ponderação e generosidade.
LEVEZA 4
E olha que tem gente que age na contramão da ignorância, mesmo estando em situação desconfortável, de agonia ou de pouco apreço com algo ou alguém que não merece um mínimo de consideração.
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LEVEZA 5
Tem um servidor público, bastante conhecido, que foi indagado por um amigo em comum, sobre como ele podia estar sempre alegre, cordial e sorridente para com todos em sua volta. A resposta foi imediata: “Os sorrisos dos meus lábios nada têm a ver com a amargura do meu coração”.