Publicidade

OPINIÃO E POLÍTICA – Correndo risco de ser condenado à prisão, Raupp defende Temer no Congresso – Por João Paulo Prudêncio

João Paulo Prudêncio é jornalista, profissional da área de jornalismo eletrônico há dez anos, autor de matérias de grande repercussão e vencedor do Grande Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do estado de Rondônia em 2014.

Por

Valdir Raupp

O senador do PMDB de Rondônia, que até pouco tempo atrás era considerado o nome rondoniense de maior destaque na política nacional, hoje vive um momento contrário das glorias que a política pode trazer, acuado, o senador vem tentando a todo custo defender a gestão de seu amigo e suposto parceiro de crime, o presidente da república Michel Temer (PMDB).

Em plenário

Nesta terça-feira (3) Raupp subiu ao palanque do Congresso para mais uma vez afirmar que as medidas tomadas por Temer estão apontando resultados positivos e tirando o Brasil da profunda recessão ao qual foi acometido em decorrência de um surto de corrupção que atacou as instâncias representativas brasileiras.

Na mesma 

O fato é que valorizar o governo Temer pode ser a única forma de Raupp segurar-se às pequenas pontas de poder que ainda lhe resta, mesmo com o palácio do planalto “pegando fogo” e assim conseguir escapar da implacável denuncia formulada pelo Ministério Público Federal – MPF, que o aponta de ser peça fundamental de uma quadrilha de senadores que sugou quase R$ 1 bilhão em propinas e prejudicou o patrimônio brasileiro em mais de R$ 5 bilhões.

A denuncia

Encabeçada pelo então chefe do MPF, Rodrigo Janot, a denuncia afirma que Valdir Raupp, aliado à Jader Barbalho, Edison Lobão, Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney, todos senadores do PMDB, estão há mais de dez anos promovendo um esquema de propinas que vem sangrando a Petrobrás e a Transpetro, estatais brasileiras que quase chegaram à falência devido à corrupção.

Como acontecia

Segundo a denuncia a quadrilha se formou ainda em 2002, um acordo feito entre os acusados e o então candidato que viria a ganhar a corrida à presidência da Republica, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele teria fechado um acordo com esses senadores, pelo apoio deles, deixariam que eles ficassem responsáveis pela nomeações de diretores de entidades públicas com grande movimentação de dinheiros, incluindo cargos fundamentais na Petrobras e Transpetro.

O esquema 

Com esses “laranjas” na ponta das empresas públicas, o bando composto por Valdir Raupp negociava contratos através de pagamentos de propinas, que eram repassados aos senadores através de intermediários, para Rodrigo Janott, até os dias de hoje esse esquema continua funcionando.

O dinheiro

Na denuncia é apontado que Raupp e seu bando recebiam as propinas por meio de intermediadores através de transferências bancarias à contas no exterior, em espécie, através de contratos de consultoria com empresas de fachadas, ou por meio de doações eleitorais. A estimativa é de que a maior parte dos custos da última campanha que elegeu Raupp senador, tenha sido arcada com dinheiro indevido.

Lava Jato

Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobrás e um dos primeiros executivos presos pela operação Lava Jato, foi mantido no cargo por determinação da bancada do PMDB no senado, a decisão teria sido tomada em um jantar onde as lideranças do partido garantiram a Paulo Roberto que ele ficaria no cargo, porém teria de dar uma contrapartida, ou seja, intermediar as propinas das empreiteiras para os senadores supostamente quadrilheiros.

Propinão

Entre as empresas citadas na denuncia de mais de 270 páginas, está a construtora Queiroz Galvão, apontada de ter repassado mais de R$ 500 mil em propinas à Valdir Raupp.

Punição 

Caso seja condenado, o senador Raupp e seu suposto bando, terá de devolver mais de R$ 200 milhões aos cofres da república, além de perderem o mandato e cumprirem pena de até oito anos de prisão. Para evitar esse deprimente final de uma carreira política recheada de pontos altos, a única esperança de Raupp é vencer novamente a corrida ao senado em 2018, única maneira de fugir da caneta do juiz Sérgio Moro.

Ainda no Senado 

A Comissão de Infraestrutura do Senado debateu na manhã desta terça-feira (3) a produção de automóveis elétricos no país. Um Projeto de Lei que regulamenta a instalação de totens de recarga de automóveis elétricos em estacionamentos e espaços abertos está em andamento, a previsão dos senadores é que até o ano de 2040, quase 100% dos carros produzidos no Brasil sejam elétricos.

A coluna

João Paulo Prudêncio é jornalista, profissional da área de jornalismo eletrônico há dez anos, autor de matérias de grande repercussão e vencedor do Grande Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do estado de Rondônia em 2014. Informações e sugestões de pauta através dos telefones (69) 99230-0591 ou (68) 99217-1709 ou no e-mail joaoprudencio65@gmail.com

Fonte: JH Notícias

 

Publicidade
Publicidade

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.