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Porto Velho, a capital do surrealismo legislativo

Confira as notas do dia, por Cícero Moura.

Por

Redação

PAUTA VAZIA
No lugar de discutir soluções para o caos na saúde, a buraqueira sem fim nas ruas e a insegurança que assola a cidade, nossos brilhantes parlamentares decidiram aprovar uma lei proibindo médicos públicos de atenderem bebês reborn. Sim, você leu certo: bonecos.

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Fonte: Internet


MAMBEMBE
Parece roteiro de uma comédia de quinta categoria, mas infelizmente é o enredo real de uma Casa de Leis que, dia após dia, prova que perdeu completamente a conexão com a realidade.


SANIDADE
Primeiro: quem em pleno uso da razão leva um boneco ao hospital achando que é filho? Segundo: por que alguém acha que isso é tema para virar legislação?


INVENTORES
E terceiro (o mais grave): o que passa na cabeça de vereadores que tratam o plenário como picadeiro e usam o mandato para alimentar pautas tão absurdas quanto essa?


DISTURBIO
A verdade é que quem procura um pronto-socorro para um reborn precisa de intervenção da família, talvez de amigos ou até de profissionais de saúde mental – mas nunca de uma lei para regulamentar o que é, por si só, uma insanidade.


LEGIFERANTE
O problema é que transformar bizarrices em norma virou rotina. E o mais grave, ainda, é haver plateia para algo completamente fora do cognitivo normal.


“LEGISLADORES VISIONÁRIOS”
Enquanto os cidadãos enfrentam filas intermináveis nos postos, falta de médicos e remédios, os vereadores preferem brincar de legisladores criativos – como se a Câmara fosse uma espécie de fábrica de leis inúteis, produzindo espetáculo para arrancar risos nervosos de uma população cansada de pagar impostos para bancar essas palhaçadas.


FATO
Porto Velho não é um reality show. O plenário não é palco de stand-up comedy. E o mandato de vereador não é licença para atuar como roteirista de tragédias cômicas. 


SERIEDADE
A cidade merece respeito, mas pelo visto alguns ocupantes daquela Casa já perderam qualquer noção do que seja isso.


RECADO
O recente discurso do governador Marcos Rocha gerou repercussão intensa ao afirmar, em tom contundente, que “tirou os Gonçalves do buraco”, insinuando que esse grupo político estaria falido antes de sua intervenção e que hoje age com ingratidão.

Foto: G1


RECADO 2
Embora o chefe do Executivo não tenha citado nomes diretamente, o recado foi claro e amplamente entendido nos bastidores e nas redes sociais: o alvo seriam figuras da influente família Gonçalves, historicamente envolvida na política do estado.


“ACABOU A AMIZADE”
A fala do governador representa um ponto de ruptura no cenário político local, escancarando os conflitos e ressentimentos acumulados entre aliados de ontem que hoje se enfrentam nos bastidores do poder.


INGRATOS
Ao se referir a ex-aliados como “mal agradecidos”, ele toca em um ponto sensível da política regional: o uso da máquina e da estrutura do governo como base para alianças que, quando rompidas, dão lugar a disputas públicas recheadas de indiretas e acusações veladas.


ELEIÇÃO
O discurso também evidencia a tensão pré-eleitoral que começa a crescer em Rondônia, com possíveis reposicionamentos de grupos políticos e uma disputa acirrada por espaço e protagonismo.


RACHA
A declaração do governador não só expôs o racha como reacendeu os debates sobre lealdade, poder e gratidão na política – conceitos que, muitas vezes, são utilizados mais como moeda de troca do que como princípios éticos.


ALVOS
Mais do que um desabafo, a fala foi um recado político com endereço certo, mesmo sem nome no envelope.

EM TEMPO 
O governador Marcos Rocha exonerou Sérgio Gonçalves da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Marcos Rocha ainda estava em Israel quando a coluna previu que isso ocorreria. Amanhã trarei mais detalhes sobre como fica a situação politica no CPA após a demissão de Gonçalves.


FISCALIZOU GANHOU
Moradores de Cujubim, no interior de Rondônia, já estão participando de um projeto-piloto inédito que testa novas formas de fiscalização cidadã.


TCU
A ação integra o primeiro Contrato Público para Solução Inovadora (CPSI) do Tribunal de Contas da União (TCU), em parceria com o Colab, govtech especializada em aproximar governo e população.


CIDADE
Com aproximadamente 27 mil habitantes, Cujubim está localizado na região central de Rondônia e possui uma economia voltada principalmente à agricultura e à extração de madeira.


CIDADE 2
O município enfrenta desafios relacionados à manutenção de estradas rurais, infraestrutura urbana e saneamento. A participação ativa da população local pode ser decisiva para garantir a boa aplicação dos recursos públicos e a transparência na execução das obras.


DINÂMICA
A participação é voluntária e simples. Ao baixar o aplicativo do Colab, os moradores de Cujubim recebem notificações sobre obras públicas em andamento próximas de onde estão.


DINÂMICA 2
A partir disso, basta seguir as orientações, ir até o local, registrar fotos e enviar as imagens pelo celular. Para cada trecho de obra verificado, o cidadão recebe a partir de R$ 50, com pagamento feito via Pix em até 48 horas, após validação das informações.


ORIENTAÇÃO
Todo o processo é guiado pela plataforma, que orienta o que deve ser fotografado e como enviar os dados. As imagens são analisadas e comparadas com informações oficiais sobre prazos, contratos e orçamentos, permitindo verificar se as obras estão sendo executadas conforme o previsto.


TESTE
A iniciativa busca testar um modelo inovador de auditoria colaborativa com base no Marco Legal das Startups e na nova Lei de Licitações.


TESTE 2
Por meio do aplicativo, o cidadão assume um papel protagonista na fiscalização de obras públicas, contribuindo para auditorias mais rápidas e precisas. A expectativa é que, a partir dos resultados dessa fase piloto, o modelo seja expandido para outras localidades do país.


COLAB
O Colab é uma govtech fundada em 2013 por Gustavo Maia e Paulo Pandolfi com o objetivo de digitalizar e modernizar a gestão pública, promovendo a participação cidadã. 


COLAB 2
A plataforma permite que cidadãos reportem problemas urbanos, participem de consultas públicas e acessem serviços essenciais de forma digital. 


EXEMPLOS
Entre as soluções oferecidas, estão a digitalização de serviços como zeladoria, adoção e castração de pets, solicitação de alvarás para eventos em espaços públicos, pré-matrícula escolar e agendamento de vacinas.
Mais informações: colab.com.br


FRASE
Olho por olho só transforma o mundo em um lugar cada vez mais cego e vingativo.

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