O Partido Liberal (PL), detentor da maior fatia do fundo eleitoral com mais de R$ 600 milhões à disposição para as eleições municipais, destinou R$ 50 mil ao candidato William Pombo, que concorreu a uma cadeira na Câmara de Vereadores. No entanto, apesar do investimento significativo, Pombo obteve apenas 81 votos, ficando na suplência e gerando um custo de aproximadamente R$ 617 por voto.
De acordo com as despesas declaradas à Justiça Eleitoral, o maior gasto de William Pombo foi com serviços advocatícios, somando R$ 20 mil. Outros valores foram destinados a alimentação (R$ 5 mil), contabilidade (R$ 3 mil), material de campanha (pouco mais de R$ 5 mil) e o restante foi usado para pagar “formiguinhas” – pessoas contratadas para distribuir materiais de campanha – e despesas com cartão de crédito.
O uso de recursos do fundo eleitoral, especialmente em campanhas com desempenho eleitoral expressivamente baixo, tem sido alvo de críticas e questionamentos. Candidatos que obtiveram resultados insatisfatórios, como William Pombo, mas que receberam quantias consideráveis de dinheiro público, geram preocupação em relação à eficiência e transparência do uso desses recursos.
Em Rondônia, casos semelhantes estão sendo observados e, após a apuração do primeiro turno, as autoridades fiscalizatórias já estão acompanhando os registros. Qualquer cidadão pode denunciar à Justiça Eleitoral práticas que levantem suspeitas de mau uso dos recursos do fundo eleitoral.