Além deste caso, também existe a questão relacionada ao imunizante AstraZeneca/Orxford, situação denunciada em matéria da Folha.
O diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias teria pedido US$ 1 de propina para cada dose da vacina AstraZeneca. Dias já foi exonerado, ouvido ontem na CPI da Pandemia e chegou a ser preso após determinação do presidente Omar Azis (PSD-AM). O ex-diretor foi solto porque pagou a fiança.
Mesmo assim, Marcos Rogério mantém paralelos com governos do PT, que encerraram suas funções em 2016, há quatro anos, quando a ex-presidente Dilma Rousseff fora destituída do cargo após passar pelo processo de impeachment.
Ele diz:
— São membros de um mesmo time. Apenas estão em posições diferentes, jogando um mesmo jogo de poder. O alvo é o mesmo: atacar o governo do presidente Bolsonaro. Não se pode, obviamente, subestimar esse tipo de orquestração, mas não é crível que a sociedade brasileira, em sua grande maioria, se deixe enganar por esse tipo de manobra. O Brasil tem uma maioria conservadora, honesta, trabalhadora, que não quer voltar aos tempos de corrupção. Tempos em que corrupção era desvio de bilhões de reais dos cofres da nação. Não como agora, quando chamam de corrupção supostas irregularidades de um contrato do qual não se pagou um centavo de real.
Por declarações acusatórias sem apresentação de provas, o senador de Rondônia chegou a ser intimado informalmente pelos outros membros da CPI quando alegou em uma das sessões saber quais seriam as motivações do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF). Miranda denunciou um dos eventuais casos de suposta corrupção – o da Covaxin –, envolvendo compra de vacinas por parte do governo Bolsonaro apontando “pressão” no seu irmão, funcionário de carreira no Ministério da Saúde. Seus colegas pediram que o demista informasse as motivações, mas, mesmo após os vários questonamentos, silenciou. E até agora não disse quais seriam.
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