Em uma recente incursão nas unidades de saúde de Porto Velho, as equipes de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) revelaram uma série de problemas alarmantes que afetam diretamente o atendimento à população. Durante as inspeções realizadas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da zona sul, zona leste e no pronto atendimento José Adelino, auditores identificaram uma realidade preocupante.
Um dos principais pontos destacados foi a escassez de medicamentos essenciais e a presença de equipamentos danificados ou inoperantes. Essas condições têm comprometido seriamente o funcionamento adequado das unidades, colocando em risco a qualidade dos serviços prestados e a segurança dos pacientes.
Na UPA Leste, apesar da normalidade nos exames e atendimentos odontológicos, foi ressaltada a necessidade urgente de instalação de um equipamento para exames cardíacos, cujo prazo para operacionalização é de 30 dias. Já no pronto atendimento José Adelino, foi observado um aumento significativo no fluxo de atendimento pediátrico, resultando em sobrecarga para os profissionais e desconforto para os pacientes. Problemas estruturais, como desgastes em macas e a falta de monitores cardíacos em boa parte dos leitos, também foram identificados, comprometendo o conforto e a segurança dos pacientes.
Na UPA Sul, os auditores do TCE-RO constataram repetidas falhas, incluindo a falta de medicamentos e a presença de equipamentos danificados. A ausência de profissionais, como técnicos e auxiliares de enfermagem, foi outra preocupação levantada, apesar dos médicos estarem presentes e realizando atendimentos, embora com inconsistências nas escalas.
Todas as irregularidades detectadas foram minuciosamente documentadas em um relatório técnico detalhado, que será encaminhado aos gestores responsáveis pelas áreas fiscalizadas. O TCE-RO reafirmou seu compromisso com a fiscalização contínua em todo o estado, visando à melhoria imediata dos serviços de saúde oferecidos à população rondoniense.
Essa iniciativa visa não apenas garantir a transparência e a eficiência na gestão dos recursos públicos, mas também assegurar que todas as unidades de saúde estejam devidamente equipadas e operando dentro dos padrões necessários para atender adequadamente às necessidades da comunidade local.