Enquanto a prefeitura de Porto Velho está prestes a firmar um contrato de lixo bilionário que irá se estender ao menos por mais vinte anos, a empresa Marquise, que reina soberana nesse serviço desde o ano de 1992 vem sendo questionada por cidadãos rondonienses.
Nesta última semana, moradores do bairro Maringá, localizado na zona Leste de Porto Velho, ficaram sem o direito de ter o seu lixo recolhido. Indignados, os moradores registraram em vídeo a situação de descaso promovida no local pela Marquise.
De acordo com os moradores, logo pela manhã eles foram surpreendidos com o lixo que deveria ser recolhido exalando a pútrida água denominada de “chorume”. Ainda, segundo o relato dos moradores do bairro Maringá, várias sacolas de lixo fora parar no meio da rua.
Hotel do grupo Marquise em Fortaleza (CE)
A Marquise Ambiental faz parte do grupo empresarial que domina as atividades de coleta e descarte de lixo em Porto Velho. Um serviço tão lucrativo que faz com que a empresa tem braços em várias atividades em todo o país veja a capital rondoniense como a sua “menina dos olhos”.
Riquíssimo, o grupo Marquise não atua apenas no lixo, um de seus símbolos de fortuna é o luxuoso prédio com o nome da empresa na orla da praia de Iracema em Fortaleza, capital do Ceará.
Em 2005 a Marquise foi denunciada por um vereador de Maceió (AL) por ter promovido um esquema de corrupção denominado de “Máfia do Lixo” que foi investigado na Ação penal nº 956/2015, que teria subtraído dos cofres públicos através de ações fraudulentas mais de R$ 200 milhões.