Os números das Estatísticas de Registro Civil, divulgadas pelo IBGE nesta quarta-feira (27), revelam que Rondônia manteve sua posição de destaque como o estado brasileiro com a maior taxa de nupcialidade. Com uma taxa de 9,6%, o estado superou a média nacional (5,9%) e a da Região Norte (6,2%). No total, foram registrados 11.923 casamentos em Rondônia no ano de 2022, sendo a quase totalidade entre cônjuges de sexos diferentes.
No entanto, além dos números positivos, a pesquisa também revelou aspectos importantes sobre a duração média dos casamentos e o perfil dos cônjuges. Rondônia apresenta a segunda menor média de duração matrimonial do país, com 10,9 anos, ficando atrás apenas do Acre (10,5 anos). Além disso, o estado registra as maiores proporções de casamentos de pessoas viúvas ou divorciadas em comparação com o restante do Brasil.
Quanto à idade ao casar, a pesquisa mostrou que o grupo etário mais representativo é entre 20 e 24 anos tanto para homens (18,1%) quanto para mulheres (19,2%). Apesar da diminuição dos casamentos de mulheres menores de idade, Rondônia continua liderando nesse aspecto a nível nacional, com 4,5% das uniões matrimoniais ocorrendo com garotas com até 17 anos.
No que diz respeito aos divórcios, Rondônia registrou 4.232 casos em 2022, sendo que a maioria ocorreu em casamentos com 26 anos ou mais de duração. Surpreendentemente, mais de 41% dos divórcios aconteceram em casamentos com menos de cinco anos de duração, indicando uma tendência de instabilidade nos relacionamentos de curto prazo.
Um ponto de destaque na pesquisa é o aumento da proporção de guarda compartilhada de filhos menores de idade, passando de 8,9% em 2014 para 53,8% em 2022 nos divórcios concedidos em 1ª instância. Isso demonstra uma mudança significativa nas dinâmicas familiares e na legislação sobre a guarda de crianças após o divórcio.
Em suma, os dados revelam um cenário matrimonial dinâmico em Rondônia, com altas taxas de casamento, uma significativa proporção de divórcios em casamentos de curto prazo e uma tendência crescente para a guarda compartilhada de filhos menores de idade. Esses insights são fundamentais para entender as dinâmicas sociais e familiares no estado e para orientar políticas públicas voltadas para a promoção do bem-estar familiar e social.