A chacina que resultou na morte de seis pessoas na região de Mutum Paraná pode ter sido uma execução decidida pelo Tribunal do Crime, segundo as primeiras apurações da polícia rondoniense. Informações preliminares apontam que os assassinatos podem ter sido cometidos por integrantes de grupos de sem-terra que vivem na área, especialmente devido ao histórico das vítimas.
Entre os mortos, há indícios de que todos tinham algum envolvimento com crimes. Um deles havia assassinado um familiar recentemente, enquanto outro acumulava 35 anos de condenações e estava em liberdade. De acordo com as investigações, o grupo de vítimas teria chegado há pouco tempo ao assentamento e vinha praticando roubos contra os próprios moradores. Pelo menos duas motocicletas furtadas no acampamento foram encontradas próximas aos corpos, reforçando a tese de que a chacina foi uma retaliação interna.
Região marcada por violência e presença da LCP
A área onde ocorreu a chacina, conhecida como Fazenda Galo Velho, já foi palco de outros homicídios nos últimos anos. A presença de grupos organizados na região, incluindo a Liga dos Camponeses Pobres (LCP), acirra os conflitos. A LCP, apontada como uma organização que opera à margem das leis brasileiras, possui regras próprias, escolas doutrinárias para crianças, treinamento de guerrilha e um sistema de justiça paralelo.
As autoridades concentram suas investigações na hipótese de que os crimes foram uma punição dentro das próprias estruturas dos grupos que disputam espaço na região. Uma fonte ligada à segurança pública afirmou que essa é a linha mais forte da investigação no momento.
Polícia avança nas buscas por suspeitos
Os agentes de segurança seguem trabalhando para identificar e prender os responsáveis pela chacina. A complexidade do caso, devido à dificuldade de acesso à região e ao medo das testemunhas em depor, exige cautela nas apurações.
A expectativa é que nos próximos dias novas informações sejam reveladas, esclarecendo o que de fato levou ao assassinato brutal das seis vítimas.