Publicidade

Justiça de Rondônia condena integrantes de grupo criminoso que usava empresas de fachada para tráfico e lavagem de dinheiro

As condenações ocorreram após investigações da Operação Náufrago, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Rondônia

A 1ª Vara de Tóxicos de Porto Velho, em Rondônia, condenou no último dia 31 de agosto dois integrantes de uma organização criminosa interestadual envolvida em tráfico de drogas, lavagem de capitais e posse ilegal de armas. As condenações ocorreram após investigações da Operação Náufrago, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Rondônia.

O líder da organização criminosa, conhecido pelo codinome “Patrão Maike”, foi sentenciado a 30 anos e 2 meses de reclusão em regime fechado, além de 1 ano e 3 meses de detenção, e uma multa superior a R$ 87 mil. Ele foi condenado por crimes de tráfico de drogas em duas ocasiões, participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e posse irregular de armas e munições. Já o outro réu foi condenado exclusivamente por lavagem de capitais, recebendo uma pena de 3 anos e 6 meses de prisão, que foi substituída por restritivas de direitos, além de uma multa de R$ 550.

A Justiça não divulgou os nomes dos réus condenados.

De acordo com as investigações, o grupo criminoso operava de forma sofisticada, utilizando empresas de fachada localizadas em São Paulo e Manaus para armazenar e remeter drogas, além de movimentar grandes quantias de recursos ilícitos. A logística envolvia o transporte interestadual de cargas camufladas, escoltas armadas, e o uso de contas bancárias em nome de terceiros, para ocultar a origem dos recursos. Além disso, o grupo adquiria imóveis e veículos de luxo para disfarçar os lucros obtidos com o tráfico.

A ação que resultou nas condenações teve origem em 2021, quando a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 400 quilos de cocaína em um caminhão na BR-364. A análise do celular do motorista levou à descoberta da rede criminosa estruturada, com o líder do grupo, “Patrão Maike”, como o comandante principal.

A Operação Náufrago começou com 20 acusados, mas foi desmembrada devido à impossibilidade de localizar parte dos réus. Na sentença mais recente, foram julgados os dois últimos envolvidos no esquema criminoso. O caso agora segue para o Tribunal de Justiça de Rondônia, que avaliará eventuais recursos apresentados pelas defesas e pelo Ministério Público.

Em sentenças anteriores, 11 réus já haviam sido condenados por participação no esquema de tráfico e lavagem de dinheiro. As penas variaram entre 4 anos e 10 meses até 24 anos e 6 meses de prisão, de acordo com o grau de envolvimento de cada réu. Outros 8 acusados foram absolvidos por falta de provas ou pela ausência de comprovação de sua participação nos crimes.

A condenação dos integrantes deste grupo criminoso reforça os esforços das autoridades em combater organizações envolvidas no tráfico de drogas e na lavagem de dinheiro em Rondônia, e serve como um alerta para outros criminosos que operam no estado.

Publicidade
Publicidade

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.