Nem mesmo o apoio direto e incondicional do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) parece ser suficiente para tirar o milionário pecuarista Bruno Scheidt (PL) da condição de “ilustre desconhecido” da política e dos eleitores de Rondônia.
Braço direito do ex-presidente, Scheidt é peça central na estratégia de Bolsonaro de formar maioria no Senado. No entanto, embora possa contar com dois apoiadores eleitos em Rondônia, nada garante que um deles será o seu apadrinhado.
Sem carisma e apoiado apenas na unção bolsonarista, a candidatura de Scheidt ao Senado tem causado desconforto entre diversos nomes da direita no Estado — que devem se tornar concorrentes diretos do pecuarista. Entre eles estão o deputado Delegado Camargo (REPU) e a ex-deputada Mariana Carvalho (UNIÃO), ambos bolsonaristas de carteirinha.
A cada nova pesquisa, Scheidt e seu grupo sofrem uma decepção: nem mesmo na região central do estado, onde é relativamente conhecido, o pré-candidato consegue apresentar desempenho positivo.
Para Jair Bolsonaro, a eleição de Scheidt é considerada fundamental para sua sobrevivência política. Já para Rondônia, significaria a concessão de uma cadeira no Senado a um nome que jamais foi legitimado diretamente pelas urnas.