Reeleita pelo estado de Rondônia à Câmara dos Deputados em 2014 com 61.419 votos, a deputada federal Marinha Raupp (PMDB) está vivendo uma situação inédita em sua carreira política, a aversão de grande parte do eleitorado rondoniense.
Em desgraça desde o início da operação Lava Jato, que evolve intimamente seu marido, o senador Valdir Raupp (PMDB), a deputada peemedebista conseguiu cair ainda mais na sua popularidade após Michel Temer (PMDB) assumir a presidência da república.
Envolvida em laços estreitos com o presidente, acusado de integrar uma organização criminosa e de ter interferido em investigações da Polícia Federal e MPF através de pagamentos de propinas e coação à testemunhas, Marinha Raupp está votando sem pestanejar todos os projetos reformistas de Temer, além do apoio irrestrito à medidas que visam boicotar a operação Lava Jato.
A deputada não responde à ação na Lava Jato, porém durante as investigações que envolvem suspeitas de lavagem de dinheiro por parte de seu marido, ficou constatado que Marinha dobrou seu patrimônio apenas um ano após sua eleição em 2006, fato deixou as autoridades de orelha em pé.
Outro fato que jogou ao chão a popularidade da deputada foi a acusação feita pelo diretor do Hospital do Câncer de Barretos, Henrique Prata, de que ela estaria atuando para atrasar a construção do Hospital do Câncer da Amazônia. Após a repercussão negativa, Marinha negou a acusação através de nota à imprensa.
O balde de água fria mais severo jogado em Marinha Raupp foi dentro de sua residência eleitoral, no município de Rolim de Moura, onde a deputada recebeu uma monumental vaia do público presente durante solenidade de aniversário da cidade no último dia 5 de agosto desse ano. A situação foi tão constrangedora que Marinha abreviou seu discurso passando o microfone à frente.
Nas redes sociais Marinha não tem paz, a cada publicação feita dezenas de críticas e até ofensas são registradas contra a parlamentar, que na última semana despertou ainda mais a ira da comunidade após recepcionar e condecorar o ministro da agricultura Blairo Maggi, acusado de diversos crimes contra o estado.
Vendo sua força política minar à cada dia, o clã Raupp conta com o desenrolar da Justiça para saber se conseguirá manter sua hegemonia no estado, ou irão caminhar para um deprimente final político após anos de mandatos seguidos pelo estado de Rondônia.
Fonte: JH Notícias