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4 dicas para investir o dinheiro que ficou esquecido nos bancos

É importante evitar golpes, descobrir qual o seu perfil de investidor, fazer uma reserva de emergência e verificar se as taxas são justas

O cidadão brasileiro que tem dinheiro a ser restituído pelos bancos pode consultar os valores disponíveis e solicitar recebimento pelo Banco Central (BC). A Instituição estima que existam cerca de R$ 8 bilhões a devolver. É importante estar atento aos passos da consulta para evitar golpes e apostar em algumas dicas de investimento financeiro.

Em janeiro de 2022, por meio de seu sistema registrado, o BC lançou o Sistema Valores a Receber (SVR) para devolver quantias de contas inativas à população. A primeira fase do procedimento está em curso e a segunda é prevista para maio deste ano.

Neste momento da consulta, estão disponíveis R$ 3,9 bilhões. Os valores a serem resgatados, segundo o BC, vêm de contas-correntes ou poupanças encerradas e com saldos disponíveis, além de cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito.

Também são fontes de resgate cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito, desde que a devolução esteja prevista em termo de compromisso assinado pelo BC, e recursos de grupos de consórcio extintos.

Para a segunda fase, está previsto o acesso aos outros R$ 4,1 bilhões. Na nova rodada de consultas, poderão ser sacados saldos oriundos de cobranças indevidas de taxas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso e contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e com saldo disponível.

Além dessas, outras fontes de saldos residuais para resgate são contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários e demais situações que resultem em valores a ser devolvidos e reconhecidos pelas instituições financeiras.

Passo a passo para a retirada do dinheiro

Ao acessar o SVR, é preciso informar o CPF e a data de nascimento ou o CNPJ e a data de abertura da empresa para verificar se existem valores disponíveis.

Depois, faça login com a conta Gov.br de nível prata ou ouro. Caso ainda não tenha conta nesse nível, cadastre-se e aumente o nível de segurança pelo site ou aplicativo Gov.br.

Por fim, basta ler e aceitar o termo de responsabilidade, além de conferir o valor a receber, a instituição que deve devolvê-lo, a origem da quantia e as informações adicionais, quando for o caso. Clique na opção que o sistema mostrar e siga as orientações estabelecidas.

Dicas para investir o dinheiro

Foto: Lukas/Pexels

A liberação de dinheiro — em alguns casos, há anos esquecido no banco — pode ser uma oportunidade importante de investimento. Para isso, vale estar atento a algumas dicas sobre como evitar golpes e usar a quantia conforme seu perfil financeiro.

1. Cuidado com golpes

O primeiro passo para investir o dinheiro resgatado é certificar-se de colocar as mãos nele sem passar por nenhum percalço que o coloque em risco.

Desde que o BC anunciou as consultas, golpes on-line estão sendo aplicados por criminosos que veem uma oportunidade na promessa de resgate do valor esquecido. Três sites falsos que utilizam o nome do Banco Central foram identificados pela empresa de cibersegurança PSafe.

Pensando em evitar o problema, o SVR reúne recomendações para que os usuários não caiam em fraudes no momento de solicitar o resgate. A primeira delas informa que o único site para consulta e solicitação de dinheiro é o valoresareceber.bcb.gov.br.

É preciso saber também que o BC não envia links e não faz contato para tratar sobre quantias a receber ou confirmar dados pessoais. A instituição informa que não cobra ao cidadão para resgatar o dinheiro esquecido, por isso ele não deve clicar em links suspeitos enviados por WhatsApp, SMS, e-mail ou Telegram.

Em caso de dúvidas, ele deve entrar em contato por meio da internet ou do telefone 145.

2. Descubra qual o seu perfil de investidor

Em entrevista à imprensa, o planejador financeiro CFP e membro do conselho da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar) Jayme Carvalho afirmou que, para escolher um investimento, o cliente precisa compreender os seus objetivos e como ele se relaciona com os riscos. Resumindo, deve entender qual o seu comportamento perante as finanças.

Vale mencionar que a definição dos perfis de investimento costuma seguir as normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). São três perfis, sendo eles conservador, moderado e arrojado.

O conservador diz respeito a quem opta por investimentos mais seguros, mesmo que concedam rentabilidade menor. O moderador é um meio-termo: ainda busca segurança, mas está disposto a correr algum perigo. Já o perfil arrojado é aquele focado em rendimentos e disposto a enfrentar ainda mais riscos em prol dos retornos desejados.

Sendo assim, é preciso ter em mente que a escolha do objetivo deve estar de acordo com o prazo para que os resultados apareçam. Além disso, há a possibilidade de que ocorram ou não oscilações no decorrer desse período.

Geralmente, uma plataforma de investimento fornece orientaçõespara quem deseja conhecer seu perfil de investidor.

3. Faça uma reserva de emergência

Criar uma reserva de emergência é importante para quem está começando a investir. Antes de aplicar em ativos de risco, a dica é apostar nos seguros, com liquidez e chance de resgate a qualquer instante.

Um exemplo desse processo é começar pela renda fixa — Tesouro Selic, por exemplo — e mudar aos poucos para renda variável, como fundos imobiliários e ações. O importante é que o indivíduo sempre respeite o seu perfil.

Para o investidor com objetivos de longo prazo, é possível considerar aplicações mais arrojadas. No caso de aposentadoria, como observa Carvalho, um investimento mais arriscado pode fazer sentido, como fundos de previdência multimercado.

4. Verifique se as taxas cobradas são justas

Para descobrir se as cobranças efetuadas pela instituição financeira são justas, a recomendação dos especialistas é fazer uma pesquisa comparando os diferentes fundos. Geralmente são exigidas taxas de administração e de performance.

A taxa de administração é referente ao trabalho de gestão de um fundo. Ela é cobrada, de maneira proporcional, a cada seis meses ou quando o cliente faz um resgate. Já a taxa de performance incide quando o índice de referência é superado pela gestão do fundo. Sendo assim, ela opera como um tipo de recompensa.

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