O garimpo de ouro nos rios da Amazônia brasileira foi apontado como recordista da exploração mineração ilegal. A afirmação vem de um estudo publicado esta semana pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O levantamento aponta o país como sendo o 14º produtor do mineiro em 2021. A exploração de ouro, segundo o estudo se acirrou durante a pandemia da Covid-19.
O cenário indica que em meio a exploração foram produzidas cerca de 112 toneladas de ouro. A origem do mineiro coloca em xeque o recorde.
A UFMG, destaca que 7% do ouro produzido veio de origem ilegal e 25% teria procedência duvidosa. Em um ano de pesquisa, o aumento da produção de ouro ilegal no Brasil foi de 44%, destacando a nação brasileira como a 14ª maior produtora do planeta.
Em meio a isso, o estudo esclarece que tanto ouro esteja saindo da exploração desenfreada dos rios e da floresta Amazônica que bateu recorde, segundo o Inpe de 121 km² no número de desmatamento.
A pesquisa não tem dúvidas de que a principal parte da exploração venha ocorrendo no interior das Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Três delas estariam dentro do Estado do Pará, como a TI dos índios Kayapó e Mundukuru. O governo de Jair Bolsonaro (PL) é colocado como o epicentro da situação. Além disso, é apontado como conivente de um problema do qual tem feito vista grossa.
Na reportagem da Agencia AFP, da qual se baseia esse texto, promotores de justiça e procuradores já entraram na justiça contra o governo por conta da inercia. Os custos da exploração também geram prejuízos aos cofres da União, segundo balanço em um ano o país perdeu 32 bilhões de reais. “O montante por pouco não supera o lucro da venda de ouro que foi de R$ 44,6 bilhões”, explica um dos autores do estudo, o pesquisador Bruno Manzolli.
Texto baseado nas informações da AFP.