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Corpo enterrado em cova de 8m é mesmo de jovem sumido, diz polícia

O corpo de Wanderson Chaves foi identificado por meio de impressões digitais
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A Polícia Científica confirmou, nesta sexta-feira (3/12), que o corpo encontrado em uma fazenda em Cezarina, a 70 km da capital goiana, é mesmo de Wanderson Chaves, de 17 anos, mais conhecido como Magrão. O jovem estava desaparecido desde o dia 25 de outubro em Palmeiras de Goiás.

O corpo localizado na última quarta (1º/12) já se encontrava em avançado estado de decomposição. Ele foi identificado por papiloscopistas por meio de impressão digital. Para a localização do cadáver, foram utilizadas escavadeiras. O trabalho também contou com o apoio do Corpo de Bombeiros, com cães farejadores.

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Perda irreparável
Em conversa com o Metrópoles esta semana, a gari Rozimar de Souza Chaves, de 41 anos se disse desolada. Ela é mãe do adolescente. “Estou em choque. Meu filho foi morto com tiro no peito”, lamentou.

Ela contou que ainda tinha esperanças de encontrar o filho com vida mesmo após mais de dois meses do desaparecimento. Ela nem imagina a motivação do crime. “É um mistério muito grande para mim”, disse.

Corpo
Na quarta, o Corpo de Bombeiros divulgou a informação de que o cadáver tinha sido encontrado com o apoio de dois cães farejadores. O local fica em uma propriedade rural vizinha a uma fazenda de Hélio de Oliveira Júnior, de 35 anos. A gleba seria arrendada por ele para o plantio de soja.

Na tarde de quarta, três dias depois de ser preso, em Goiânia, o fazendeiro apontou o local exato onde foi enterrado o corpo. Ele estava em uma cova profunda e foi preciso o uso de uma máquina escavadeira para chegar ao cadáver, que estava a cerca de 8 metros de profundidade.

Nas buscas pelo adolescente desaparecido, aliás, equipes já tinham cavado o mesmo local. No entanto, as máquinas teriam atingido, no máximo, a profundidade de 5 metros, acima de onde o corpo estava.

A ossada humana passará por exames periciais de DNA. No entanto, ainda na quarta, mãe reconheceu as roupas que eram usadas pelo adolescente no momento em que ele desapareceu. Outras duas pessoas que tiveram participação no crime foram presas: Gilmar de Souza Cruz e Carlos Caetano, respectivamente funcionário e segurança de Hélio Júnior.

Caminhonete branca
O rapaz foi visto pela última vez na madrugada de 25/10 em Palmeiras de Goiás, onde ele morava. Câmeras de monitoramento flagraram o momento em que ele entra em uma caminhonete branca, que, segundo informações da polícia repassadas para a mãe, pertence ao fazendeiro.

Conforme o suspeito teria contado em depoimento, ele conheceu Magrão naquela mesma madrugada em um bar da cidade. Os dois chegaram a se estranhar no balcão do estabelecimento, mas logo se acertaram e o fazendeiro o convidou para circular pela cidade. No caminho, eles deixaram um adolescente que acompanhava Wanderson.

Magrão seguiu com o fazendeiro dentro da camionete pela cidade. Pelas ruas, o adulto teria feito vários disparos com um revólver que levava consigo. Um desentendimento sério entre eles teria ocorrido em um galpão em Palmeiras, onde Hélio Júnior guarda máquinas agrícolas e a dupla parou pouco depois.

Briga por celular
Ali, segundo o suspeito contou em depoimento, os dois teriam discutido sobre o sumiço de um celular do fazendeiro. O adolescente teria retirado, então, o celular do bolso e atirado no chão. Enfurecido, Hélio Júnior teria atirado com o revólver contra o peito de Wanderson. Na sequência, teria dado ainda mais dois tiros de espingarda no adolescente que agonizava.

Depois disso, teria contado com a ajuda do funcionário e do segurança para levar o corpo até o local em que foi enterrado, na propriedade em Cezarina, que fica vizinha a Palmeiras. Segundo consta, o próprio Hélio Júnior teria operado a máquina que cavou o buraco onde o corpo foi deixado.

Conforme as investigações e as testemunhas ouvidas, na noite do crime, tanto Hélio Júnior quanto Wanderson teriam consumido bebida alcoólica e drogas.

Veja vídeo:

“Beijo, eu te amo”
Rozimar recorda-se com saudade do último dia em que viu o filho ainda com vida. Ela conta que foi um domingo em que os dois tinham passado o dia lado a lado, trabalhando juntos em um pesque-pague.

“A última vez que vi meu filho foi no dia 24de outubro. Eu estava saindo do pesque-pague onde eu trabalhava na cozinha e ele como garçom. Meu filho me disse ‘beijo, eu te amo’”, lembra Rozimar.

Wanderson morava com a mãe e mais quatro irmãos. Era o terceiro filho de Rozimar. A primogênita dela mora em casa separada. Agora, a família se une para tentar encontrar amparo.

“Minha esperança, até ontem, era encontrar meu filho com vida. Como sempre falei, se não tinha paradeiro e não sabia onde ele estava, eu continuaria acreditando que ele seria encontrado vivo”, relatou a mãe, que luta por Justiça, pedindo a condenação dos culpados.

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